"Senhor, que na diversidade de opiniões tua verdade faça nascer a concórdia." (Santo Agostinho)
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sábado, 28 de fevereiro de 2015
Salmo 59
(Heb. 60) Ao mestre de
canto. Conforme: A lei é como o lírio. Poema didático de Davi,
quando guerreou contra
os sírios da Mesopotâmia e os sírios de Soba e quando Joab, voltando, derrotou
doze mil edomitas no vale do Sal.
Ó
Deus, vós nos rejeitastes, rompestes nossas fileiras, estais irado;
restabelecei-nos.
Fizestes
nossa terra tremer e a fendestes; reparai suas brechas, pois ela vacila.
Impusestes
duras provas ao vosso povo, fizestes-nos sorver um vinho atordoante.
Mas
aos que vos temem destes um estandarte, a fim de que das flechas escapassem.
Para
que vossos amigos fiquem livres, ajudai-nos com vossa destra, ouvi-nos.
Deus
falou no seu santuário: Triunfarei, repartindo Siquém; medirei com o cordel o
vale de Sucot.
Minha
é a terra de Galaad, minha a de Manassés; Efraim é o elmo de minha cabeça;
Judá, o meu cetro;
Moab
é a bacia em que me lavo. Sobre Edom atirarei minhas sandálias, cantarei
vitória sobre a Filistéia.
Quem
me conduzirá à cidade fortificada? Quem me levará até Edom?
Quem,
senão vós, ó Deus, que nos repelistes e já não saís à frente de nossas forças?
Dai-nos auxílio contra
o inimigo, porque é vão qualquer socorro humano.
Com o auxílio de Deus
faremos proezas, ele abaterá nossos inimigos.
Salmo patriótico; após a derrota sucederá uma época de conquistas.
Estas são designadas por uma metáfora apropriada ao caráter geográfico de cada
um desses países. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Salmo 58
(Heb. 59) Para o
mestre de canto. Não destruas. Cântico de Davi, quando Saul mandou cercar-lhe a
casa para o matar.
Livrai-me,
ó meu Deus, dos meus inimigos, defendei-me dos meus adversários.
Livrai-me
dos que praticam o mal, salvai-me dos homens sanguinários.
Vede:
armam ciladas para me tirar a vida, homens poderosos conspiram contra mim.
Senhor,
não há em mim crime nem pecado. Sem que eu tenha culpa, eles acorrem e atacam.
Despertai-vos, vinde para mim e vede,
porque
vós, Senhor dos exércitos, sois o Deus de Israel. Erguei-vos para castigar
esses pagãos, não tenhais misericórdia desses pérfidos.
Eles
voltam todas as noites, latindo como cães, e percorrem a cidade toda.
Eis
que se jactam à boca cheia, tendo nos lábios só injúrias, e dizem: Pois quem é
que nos ouve?
Mas
vós, Senhor, vos rides deles, zombais de todos os pagãos.
Ó vós que sois a minha
força, é para vós que eu me volto. Porque vós, ó Deus, sois a minha defesa.
Ó meu Deus, vós sois
todo bondade para mim. Venha Deus em meu auxílio, faça-me deleitar pela perda de meus
inimigos.
Destruí-os,
ó meu Deus, para que não percam o meu povo; conturbai-os, abatei-os com vosso
poder, ó Deus, nosso escudo.
Cada
palavra de seus lábios é um pecado. Que eles, surpreendidos em sua arrogância,
sejam as vítimas de suas próprias calúnias e maldições.
Destruí-os
em vossa cólera, destruí-os para que não subsistam, para que se saiba que Deus
reina em Jacó e até os confins da terra.
Todas
as noites eles voltam, latindo como cães, rondando pela cidade toda.
Vagueiam
em busca de alimento; não se fartando, eles se põem a uivar.
Eu, porém, cantarei
vosso poder, e desde o amanhecer celebrarei vossa bondade. Porque vós sois o
meu amparo, um refúgio no dia da tribulação.
Ó vós, que sois a
minha força, a vós, meu Deus, cantarei salmos porque sois minha defesa. Ó meu
Deus, vós sois todo bondade para mim.
Descrição dos embustes que os inimigos preparam contra o salmista, e
oração para obter libertação. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Salmo 57
(Heb. 58) Ao mestre de
canto. Não destruas. Cântico de Davi.
Será
que realmente fazeis justiça, ó poderosos do mundo? Será que julgais pelo
direito, ó filhos dos homens?
Não,
pois em vossos corações cometeis iniquidades, e vossas mãos distribuem
injustiças sobre a terra.
Desde
o seio materno se extraviaram os ímpios, desde o seu nascimento se desgarraram
os mentirosos.
Semelhante
ao das serpentes é o seu veneno, ao veneno da víbora surda que fecha os ouvidos
para
não ouvir a voz dos fascinadores, do mágico que enfeitiça habilmente.
Ó
Deus, quebrai-lhes os dentes na própria boca; parti as presas dos leões, ó
Senhor.
Que
eles se dissipem como as águas que correm, e fiquem suas flechas despontadas.
Passem
como o caracol que deslizando se consome, sejam como o feto abortivo que não
verá o sol.
Antes
que os espinhos cheguem a aquecer vossas panelas, que o turbilhão os arrebate
enquanto estão ainda verdes.
O
justo terá a alegria de ver o castigo dos ímpios, e lavará os pés no sangue
deles.
E
os homens dirão: Sim, há recompensa para
o justo; sim, há um Deus para julgar a terra.
Salmo de invectivas contra os juízes e
os príncipes iníquos, consideráveis que são à serpente, porque sua boca mata os
inocentes; apelo à justiça divina contra eles, para que os homens venham a
compreender o sentido dessa divina justiça. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Salmo 56
(Heb. 57) Ao mestre de
canto. Não destruas. Cântico de Davi, quando fugiu para a caverna, perseguido
por Saul.
Tende piedade de mim,
ó Deus, tende piedade de mim, porque a minha alma em vós procura o seu refúgio.
Abrigo-me à sombra de vossas asas, até que a tormenta passe.
Clamo ao Deus
Altíssimo, ao Deus que me cumula de benefícios.
Mande
ele do céu auxílio que me salve, cubra de confusão meus perseguidores; envie-me
Deus a sua graça e fidelidade.
Estou
no meio de leões, que devoram os homens com avidez. Seus dentes são como lanças
e flechas, suas línguas como espadas afiadas.
Elevai-vos,
ó Deus, no mais alto dos céus, e sobre toda a terra brilhe a vossa glória.
Ante
meus pés armaram rede; fizeram-me perder a coragem. Cavaram uma fossa diante de
mim; caiam nela eles mesmos.
Meu
coração está firme, ó Deus, meu coração está firme; vou cantar e salmodiar.
Desperta-te,
ó minha alma; despertai, harpa e cítara! Quero acordar a aurora.
Entre os povos,
Senhor, vos louvarei; salmodiarei a vós entre as nações,
porque aos céus se
eleva a vossa misericórdia, e até as nuvens a vossa fidelidade.
Elevai-vos, ó Deus,
nas alturas dos céus, e brilhe a vossa glória sobre a terra inteira.
Confiança em meio à
perseguição, antecipada a gratidão. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Salmo 55
(Heb. 56) – Ao mestre de canto. Conforme: “Muda
pomba de longínquas terras”. Cântico de Davi, quando vai para junto dos
filisteus, em Get.
Tende
piedade de mim, ó Deus, porque aos pés me pisam os homens; sem cessar eles me
oprimem combatendo.
Meus
inimigos continuamente me espezinham, são numerosos os que me fazem guerra.
Ó Altíssimo, quando o
terror me assalta, é em vós que eu ponho a minha confiança.
É em Deus, cuja
promessa eu proclamo, sim, é em Deus que eu ponho minha esperança; nada temo:
que mal me pode fazer um ser de carne?
O
dia inteiro eles me difamam, seus pensamentos todos são para o meu mal;
Reúnem-se,
armam ciladas, observam meus passos, e odeiam a minha vida.
Tratai-os
segundo a sua iniquidade. Ó meu Deus, em vossa cólera, prostrai esses povos.
Vós
conheceis os caminhos do meu exílio, vós recolhestes minhas lágrimas em vosso
odre; não está tudo escrito em vosso livro?
Sempre que vos
invocar, meus inimigos recuarão: bem sei que Deus está por mim.
É em Deus, cuja
promessa eu proclamo,
é em Deus que eu ponho
minha esperança; nada temo: que mal me pode fazer um ser de carne?
Os
votos que fiz, ó Deus, devo cumpri-los; oferecer-vos-ei um sacrifício de
louvor,
porque
da morte livrastes a minha vida, e da queda preservastes os meus pés, para que
eu ande na presença de Deus, na luz dos vivos.
Rodeado de inimigos, o
salmista se refugia em Deus; oprimido, ele suplica a Deus para vir em sua
ajuda; depois de libertado, exprime sua gratidão. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Salmo 54
(Heb. 55) Ao mestre de canto. Com instrumentos de
corda. Hino de Davi.
Prestai
ouvidos, ó Deus, à minha oração, não vos furteis à minha súplica;
Escutai-me
e atendei-me. Na minha angústia agito-me num vaivém, perturbo-me
à voz do
inimigo, sob os gritos do pecador. Eles lançam o mal contra mim, e me perseguem
com furor.
Palpita-me
no peito o coração, invade-me um pavor de morte.
Apoderam-se
de mim o terror e o medo, e o pavor me assalta.
Digo-me,
então: tivesse eu asas como a pomba, voaria para um lugar de repouso;
ir-me-ia
bem longe morar no deserto.
Apressar-me-ia
em buscar um abrigo contra o vendaval e a tempestade.
Destruí-os,
Senhor, confundi-lhes as línguas, porque só vejo violência e discórdia na
cidade.
Dia e
noite percorrem suas muralhas, no seu interior só há injustiça e opressão.
Grassa a
astúcia no seu meio, a iniquidade e a fraude não deixam suas praças.
Se o
ultraje viesse de um inimigo, eu o teria suportado; se a agressão partisse de
quem me odeia, dele me esconderia.
Mas eras
tu, meu companheiro, meu íntimo amigo,
com quem
me entretinha em doces colóquios; com quem, por entre a multidão, íamos à casa
de Deus.
Que a
morte os colha de improviso, que eles desçam vivos à mansão dos mortos. Porque
entre eles, em suas moradas, só há perversidade.
Eu,
porém, bradarei a Deus, e o Senhor me livrará.
Pela
tarde, de manhã e ao meio-dia lamentarei e gemerei; e ele ouvirá minha voz.
Dar-me-á
a paz, livrando minha alma dos que me acossam, pois numerosos são meus
inimigos.
O Senhor
me ouvirá e os humilhará, ele que reina eternamente, porque não se emendem nem
temem a Deus.
Cada um
deles levanta a mão contra seus amigos. Todos violam suas alianças.
De
semblante mais brando do que o creme, trazem, contudo, no coração a
hostilidade; suas palavras são mais untuosas do que o óleo, porém, na verdade,
espadas afiadas.
Depõe no Senhor os teus cuidados, porque ele será
teu sustentáculo; não permitirá jamais que vacile o justo.
E vós, ó
meu Deus, vós os precipitareis no fundo do abismo da morte. Os homens
sanguinários e ardilosos não alcançarão a metade de seus dias! Quanto a mim, é
em vós, Senhor, que ponho minha esperança.
Apelo à justiça de Deus contra numerosos inimigos,
particularmente contra um amigo pérfido e ingrato. Ato de confiança em Deus num
ardente desejo de libertação. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Oração oficial da CF 2015
Ó Pai, Alegria e esperança de vosso povo,
vós conduzis a Igreja, servidora da vida,
nos caminhos da história.
A exemplo de Jesus Cristo
e ouvindo sua palavra
que chama à conversão,
seja vossa igreja testemunha viva de fraternidade
e de liberdade, de justiça e de paz.
Enviai o vosso Espírito da verdade
para que a sociedade se abra
à aurora de um mundo justo e solidário,
sinal do Reino que há de vir.
Por Cristo Senhor nosso.
Amém!
Fonte: http://portalkairos.net/campanhadafraternidade/2015/campanhadafraternidade2015_oracao_cf2015.asp#ixzz3SVpPs0Ry
PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA
Domingo do deserto de
Jesus.
Deus faz Aliança conosco em Jesus Cristo. Estamos no início da quaresma e da Campanha da Fraternidade, tempo de forte de conversão.
Deus faz Aliança conosco em Jesus Cristo. Estamos no início da quaresma e da Campanha da Fraternidade, tempo de forte de conversão.
Quaresma é caminho marcado
pela conversão através da oração, da escuta da Palavra de Deus, do jejum, da
esmola e de gestos concretos de caridade.
Neste domingo, vamos com
Jesus ao deserto, conduzidos pelo Espírito e aprenderemos a enfrentar as
situações do mundo. Diante das tentações renovamos nossa fidelidade ao Deus
vivo e verdadeiro, sustentados por sua Palavra. Fazendo memória da Páscoa de
Cristo, proclamamos a vida que vence a morte e renovamos nosso compromisso de
fidelidade a Jesus Cristo e seu projeto de salvação.
Estamos na Quaresma e
Campanha da Fraternidade. Ela tem como tema: “Fraternidade: Igreja e
sociedade”, e o lema: “Eu vim para servir” (cf. Marcos 10,45).
http://bispado.org.br/1o-domingo-da-quaresma-ano-b-22-de-fevereiro-de-2015.html
Salmo 53
(Heb. 54)
Ao mestre de canto. Com
instrumentos de corda. Hino de Davi,
quando os zifeus vieram dizer a
Saul: Davi encontra-se escondido entre nós.
Pela
honra de vosso nome, salvai-me, meu Deus! Por vosso poder, fazei-me justiça.
Ó meu
Deus, escutai minha oração, atendei às minhas palavras,
pois
homens soberbos insurgiram-se contra mim; homens violentos odeiam a minha vida:
não têm Deus em sua presença.
Mas eis que Deus vem em meu
auxílio, o Senhor sustenta a minha vida.
Fazei
recair o mal em meus adversários e, segundo vossa fidelidade, destruí-os.
De bom
grado oferecer-vos-ei um sacrifício, cantarei a glória de vosso nome, Senhor,
porque é bom,
pois me
livrou de todas as tribulações, e pude ver meus inimigos derrotados.
Pedido de socorro contra
insidiosos inimigos, com promessa de sacrifícios de ação de graças, uma vez
obtido o benefício. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Salmo 52
(Heb. 53)
Ao mestre de canto. Em melodia
triste. Hino de Davi.
Diz o
insensato em seu coração: Não há Deus”. Corromperam-se os homens, seu proceder
é abominável, não há um só que pratique o bem.
O Senhor, do alto do céu, observa
os filhos dos homens para ver se, acaso, existe alguém sensato que busque a
Deus.
Todos
eles, porém, se extraviaram e se perverteram; não há mais ninguém que faça o
bem, nem um, nem mesmo um só.
Não se
emendarão esses obreiros do mal? Eles que devoram meu povo como quem come pão,
não invocarão o Senhor?
Foram
tomados de terror, não havendo nada para temer. Porque Deus dispersou os ossos
dos que te assediam; foram confundidos porque Deus os rejeitou.
Ah, que venha de Sião a salvação
de Israel! Quando Deus tiver mudado a sorte de seu povo, Jacó exultará e Israel
se alegrará.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Salmo 51
(Heb. 52)
Ao mestre de canto. Hino de Davi.
Quando Doeg, o idumeu, veio dizer
a Saul: Davi entrou na casa de Aquimelec.
Por que
te glorias de tua malícia, ó infame prepotente?
Continuamente
maquinas a perdição; tua língua é afiada navalha, tecedora de enganos.
Tu
preferes o mal ao bem, a mentira à lealdade.
Só gostas
de palavras perniciosas, ó língua pérfida!
Por isso
Deus te destruirá, há de te excluir para sempre; ele te expulsará de tua tenda,
e te extirpará da terra dos vivos.
Vendo
isto, tomados de medo, os justos zombarão de ti, dizendo:
Eis o
homem que não tomou a Deus por protetor, mas esperou na multidão de suas
riquezas e se prevaleceu de seus próprios crimes.
Eu sou,
porém, como a virente oliveira na casa de Deus: confio na misericórdia de Deus para sempre.
Louvar-vos-ei
eternamente pelo que fizestes e cantarei vosso nome, na presença de vossos
fiéis, porque é bom.
Descrição da malícia de um
inimigo temporariamente vitorioso, ao qual é predito o castigo; enquanto os
justos se rejubilarão em Deus. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Salmo 50
(Heb. 51)
Ao mestre de canto. Salmo de
Davi,
quando o profeta Natã foi
encontrá-lo, após o pecado com Betsabé.
Tende
piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de
vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade.
Lavai-me
totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado.
Eu
reconheço a minha iniqüidade, diante de mim está sempre o meu pecado.
Só contra
vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta
justa, e reto o vosso julgamento.
Eis que
nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado.
Não
obstante, amais a sinceridade de
coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim.
Aspergi-me com um ramo de hissope
e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.
Fazei-me
ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que
triturastes.
Dos meus
pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.
Ó meu Deus, criai em mim um
coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza.
De vossa
face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.
Restituí-me
a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.
Então aos
maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores.
Deus, ó
Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa
misericórdia a minha língua exaltará.
Senhor,
abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.
Vós não
vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não
o aceitaríeis.
Meu
sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e
humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar.
Senhor,
pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de
Jerusalém.
Então aceitareis os sacrifícios prescritos, as
oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas.
É o quarto dos salmos penitenciais. Contém três
partes: confissão do pecado, feita sem restrição nem escusa; o pedido de
remissão; e a glória dada a Deus pelo perdão. A última estrofe expõe uma
doutrina particularmente elevada sobre a verdadeira religião, cujo culto só é
bom quando conta com a adesão do coração. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Fortalecei os vossos corações
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015
Fortalecei os vossos corações (Tg 5, 8)
Amados
irmãos e irmãs,
Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para
cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2
Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos,
porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença;
pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós
e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o
seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa
diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados,
esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos
interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e,
assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e
confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de
indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma
globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como
cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra
resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos
desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da
globalização da indiferença.
Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é
uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em
cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.
A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto
de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida
terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a
porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que
mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos
Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O
mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através
da qual Deus entra no mundo e o mundo n'Ele. Sendo assim, a mão, que é a
Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida.
Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para
não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta
renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1
Cor 12, 26): A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a
Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos
que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos.
O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia,
revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem
no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro
não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não
pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este
serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só
essa pessoa «tem a haver com Ele» (cf. Jo 13, 8), podendo assim servir o homem.A
Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste
modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus
e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos
naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal
indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações;
porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n'Ele, um não olha com
indiferença o outro. «Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os
membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1
Cor 12, 26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam
parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus,
que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que
incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta
comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um
possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos
interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por
aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar:
rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de
salvação.
2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as
comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é
necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas
realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de
um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que
Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis,
pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a
comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta
fechada (cf. Lc 16, 19-31)?
Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus
nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direções.
Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração.
Quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de
serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que
encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a
indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque
deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno;
antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com
o fato de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o
ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor
não impregnar todo o mundo, os Santos caminham conosco, que ainda somos
peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado
não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofra e gema, escrevia
Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: «Muito espero não ficar inactiva no
Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas» (Carta 254,
de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e
eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para
nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para
superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a
atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os
pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada
em si mesma, mas enviada a todos os homens.
Esta missão é o paciente testemunho d'Aquele que quer
conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor
não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada
homem, até aos confins da terra (cf. At 1, 8). Assim podemos ver, no nosso
próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo
que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes
irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a
Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas
comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos
fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença.
Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o
sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de
intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror
e impotência?
Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja
terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa
24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível
diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta
necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de
caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos
inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para
mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas
concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.
E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um
apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da
minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos
a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então
confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E
poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos
salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.
Para superar a indiferença e as nossas pretensões de
omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma
como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta
enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um
coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme,
fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo
Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no
fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo
outro.
Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar
convosco a Cristo: «Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração
semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus).
Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não
se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e
cada comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário
quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor
vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Vaticano, Festa de São Francisco de Assis, 4 de Outubro de
2014.
Salmo 49
(Heb. 50)
Salmo de Asaf. Falou o Senhor Deus e convocou
toda a terra, desde o levante até o poente.
Do alto
de Sião, ideal de beleza, Deus refulgiu:
nosso
Deus vem vindo e não se calará. Um fogo abrasador o precede; ao seu redor,
furiosa tempestade.
Do alto
ele convoca os céus e a terra para julgar seu povo:
Reuni os
meus fiéis, que selaram comigo aliança pelo sacrifício.
E os céus
proclamam sua justiça, porque é o próprio Deus quem vai julgar.
Escutai,
ó meu povo, que eu vou falar: Israel, vou testemunhar contra ti. Deus, o teu
Deus, sou eu.
Não te
repreendo pelos teus sacrifícios, pois teus holocaustos estão sempre diante de
mim.
Não
preciso do novilho do teu estábulo, nem dos cabritos de teus apriscos,
pois
minhas são todas as feras das matas; há milhares de animais nos meus montes.
Conheço
todos os pássaros do céu, e tudo o que se move nos campos.
Se
tivesse fome, não precisava dizer-te, porque minha é a terra e tudo o que ela
contém.
Porventura
preciso comer carne de touros, ou beber sangue de cabrito?...
Oferece, antes, a Deus um
sacrifício de louvor e cumpre teus votos para com o Altíssimo.
Invoca-me nos dias de tribulação,
e eu te livrarei e me darás glória.
Ao
pecador, porém, Deus diz: Por que recitas os meus mandamentos, e tens na boca
as palavras da minha aliança?
Tu que
aborreces meus ensinamentos e rejeitas minhas palavras?
Se vês um
ladrão, te ajuntas a ele, e com adúlteros te associas.
Dás plena
licença à tua boca para o mal e tua língua trama fraudes.
Tu te
assentas para falar contra teu irmão, cobres de calúnias o filho de tua própria
mãe.
Eis o que
fazes, e eu hei de me calar? Pensas que eu sou igual a ti? Não, mas vou te
repreender e te lançar em rosto os teus pecados.
Compreendei
bem isto, vós que vos esqueceis de Deus: não suceda que eu vos arrebate e não
haja quem vos salve.
Honra-me
quem oferece um sacrifício de louvor; ao que procede retamente, a este eu
mostrarei a salvação de Deus.
Reivindicações
de uma religiosidade sincera, que não se contenta com meras práticas cultuais,
mas procura ditar o respeito mútuo entre os homens. A lei orienta a vida
inteira do justo, tanto no que diz respeito ao culto quanto à vida moral e
fraterna. (Bíblia Sagrada Ave-Maria)
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