“Não deixe de fazer o bem a quem merece, estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo.”
Pr 3,27
"Senhor, que na diversidade de opiniões tua verdade faça nascer a concórdia." (Santo Agostinho)
(Mc
9,38-43.45.47-48)
Jesus chama a
atenção para a famosa “pedra de tropeço”, ou seja, obstáculos ou más intenções
que muitas vezes estão no nosso cotidiano e que nos desviam do reto caminho.
Mas e quando a pedra no caminho sou eu? Ou quando algo é bom em si mesmo, mas
que causa sofrimento para mim ou para o próximo? É preciso ter uma boa
disposição para abrir mão de coisas ou de atitudes que são motivo de
inquietação ou de queda para alguém. Autoconhecimento e senso crítico ajudam a manter
o foco no que é importante e no que faz sentido para estar junto ao Senhor, ser
fiel aos seus mandamentos e corresponder ao seu amor. Renúncia é uma palavra
que temos muita dificuldade em praticar, mas é a única possível para não ser
objeto ou motivo de escândalo.
Patrícia de
Moraes - Folhinha do Sagrado Coração de Jesus
Celebra-se a 30
de setembro o Dia da Bíblia. A data foi escolhida por ser festa litúrgica de
São Jerônimo, o Padroeiro dos biblistas.
...
O principal
objetivo da Sagrada Escritura é a revelação e a vivência. No evangelho de São Mateus,
pode-se perceber que não basta conhecer a Palavra e nem mesmo orar sobre ela.
Diz Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos
céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este entrará
no reino dos céus” (Mt7, 21). Para maior seriedade ainda, vemos o Senhor
asseverar: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em
vosso nome, em vosso nome não expelimos demônios, em vosso nome não fizemos
muitos milagres? E então eu lhes direi bem alto: Nunca vos conheci; apartai-vos
de mim, vós que operais a iniquidade”. (Mt 7, 22-23).
O esforço
diário de colocar a Palavra de Deus na vida é o fundamento sólido da obra e da
salvação. Por isso o Senhor prossegue dizendo: “Todo aquele que ouve a
Palavra e a põe em prática será semelhante a um homem prudente que construiu
sua casa sobre a rocha firme. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os
ventos e investiram contra aquela casa, mas ela não desabou, porque estava edificada
sobre a rocha”. (Mt 7, 24-25).
Viver a Palavra
é estar sempre aberto à ação do Espírito e sempre atento à vontade de Deus.
Maria é apresentada como a mais fiel servidora do Senhor, em quem o Altíssimo
realizou maravilhas. Sua decisão de cumprir a vontade de Deus expressa ao anjo
Gabriel, “Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim a sua palavra”, é o
protótipo para todos os que procuram autenticamente a Cristo. Ela é a expressão
máxima, na Bíblia, no que se refere à vivência da Palavra. Toda a sua
existência, desde a anunciação, passando pelo nascimento e a infância de Jesus,
pelos tormentos da paixão e morte de seu Filho, depois experimentando a alegria
da ressurreição e por fim sua presença no dia de Pentecostes, no nascimento da
Igreja, Maria é a imagem viva e reluzente de fidelidade a Deus e à sua Palavra.
Pedro Apóstolo pôde exclamar após o discurso eucarístico de Jesus, transcrito
por São João: “Para onde iremos, Senhor, só Tu tens palavra de vida eterna.”
(Jo 6, 68).
Somente pode
possuir a vida eterna quem vive na Palavra do Senhor, como nos afirmou Jesus de
forma clara e animadora: “Quem guardar a minha Palavra não provará a morte”
(Jo 8, 51).
Excerto do
artigo “Dia da Bíblia”, de Dom Gil Antônio Moreira, de 25/09/2009 - CNBB
São Paulo, na
Epístola aos Filipenses (Fl 2, 5-11), oferece-nos um resumo de teologia,
convidando-nos a imitar a Cristo:
“Dedicai-vos
mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus. Sendo ele de condição divina,
não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo,
assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo
exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se
obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou soberanamente
e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua
confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.”
“29Senhor, sois vós que fazeis brilhar o meu farol,
sois vós que dissipais as minhas trevas. 30Convosco afrontarei batalhões, com meu Deus escalarei
muralhas. 31Os caminhos de Deus são perfeitos, a palavra
do Senhor é pura. Ele é o escudo de todos os que nele se refugiam. 32Pois
quem é Deus senão o Senhor? Quem é o rochedo, senão o nosso Deus? 33É Deus quem me cinge de
coragem e aplana o meu caminho. 34Torna
os meus pés velozes como os das gazelas e me instala nas alturas. 35Adestra minhas mãos para o
combate e meus braços para o tiro de arco. 36Vós me dais o escudo que me salva. Vossa destra me sustém,
e vossa bondade me engrandece. 37Alargais
o caminho a meus passos, para meus pés não resvalarem.”
Sl 17, 29-37