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domingo, 29 de março de 2015

Salmo 88


(Heb. 89) Hino de Etã, ezraíta.
Cantarei, eternamente, as bondades do Senhor; minha boca publicará sua fidelidade de geração em geração.
Com efeito, vós dissestes: A bondade é um edifício eterno. Vossa fidelidade firmastes no céu.
“Concluí, dizeis vós, uma aliança com o meu eleito; liguei-me por juramento a Davi, meu servo.
Conservarei tua linhagem para sempre, manterei teu trono em todas as gerações.”
Senhor, os céus celebram as vossas maravilhosas obras, e na assembleia dos anjos a vossas fidelidade.
Quem poderá, nas nuvens, igualar-se a Deus? Quem é semelhante ao Senhor entre os filhos de Deus?
Terrível é Deus na assembleia dos santos, maior e mais tremendo que todos os que o cercam.
Quem se compara a vós, Senhor, Deus dos exércitos? Sois forte, Senhor, e cheio de fidelidade.
Dominais o orgulho do mar, amainais suas ondas revoltas.
Calcastes Raab e o transportastes; com poderoso braço dispersastes vossos inimigos.
Vossos são os céus e também a terra, vós que criastes o globo e tudo o que ele contém.
O norte e o sul vós os fizestes; Tabor e Hermon em vosso nome exultam.
Tendes o poder em vosso braço, a firmeza na mão, a autoridade em vossa destra.
A justiça e o direito são o fundamento de vosso trono, a bondade e a fidelidade vos precedem.
Feliz o povo que vos sabe louvar: caminha na luz de vossa face, Senhor.
Vosso nome lhe é causa de contínua alegria, pela vossa justiça ele se glorifica,
porque sois o esplendor de sua força, e é vosso favor que nos faz erguer a cabeça,
pois no Senhor está o nosso escudo, e nosso rei no Santo de Israel.
Outrora, em visão, falastes aos vossos santos e dissestes-lhes: “Impus a coroa a um herói, escolhi meu eleito dentre o povo.
Encontrei Davi, meu servidor, e o sagrei com a minha santa unção.
Assistir-lhe-á sempre a minha mão, e meu braço o fortalecerá.
Não o há de surpreender o inimigo, nem ousará oprimi-lo o malvado.
Sob seus olhos esmagarei os seus contrários, serão feridos aqueles que o odeiam.
Com ele ficarão minha fidelidade e bondade, pelo meu nome crescerá o seu poder.
Estenderei a sua mão por sobre o mar, e a sua destra acima dos rios.
Ele me invocará: “Vós sois meu Pai, vós sois meu Deus e meu rochedo protetor.”
Por isso eu o constituirei meu primogênito, o mais excelso dentre todos os reis da terra.
Assegurado lhe estará o favor eterno, e indissolúvel será meu pacto com ele.
Dar-lhe-ei uma perpétua descendência, seu trono terá a duração dos céus.
Se, porém, seus filhos abandonarem minha lei, se não observarem os meus preceitos,
se violarem as minhas prescrições e não obedecerem às minhas ordens,
eu punirei com vara a sua transgressão, e a sua falta castigarei com açoite.
Mas não lhe retirarei o meu favor e não trairei minha promessa.
não violarei minha aliança, não mudarei minha palavra dada.
Jurei uma vez por todas pela minha santidade: a Davi não faltarei jamais.
Sua posteridade permanecerá eternamente, e seu trono, como o sol, subsistirá diante de mim,
como a lua que existirá sem fim, e o arco-íris, fiel testemunha nos céus.”
E, contudo, vós o repelistes e rejeitastes, gravemente vos irritastes contra aquele que vos é consagrado.
Rompestes a aliança feita com o vosso servidor, lançastes por terra sua coroa,
derrubastes todos os seus muros, arruinastes as suas fortalezas.
Saquearam-no todos os transeuntes, e o escarneceram os seus vizinhos.
A mão de seus inimigos exaltastes, de gozo enchestes todos os seus contrários.
Embotastes o fio de sua espada, não o sustentastes na batalha.
Fizestes terminar seu esplendor, por terra derrubastes o seu trono.
Abreviastes a sua adolescência, e de ignomínia o cobristes.
Até quando, Senhor? Até quando continuareis escondido? Até quando estará acesa a vossa cólera?
Lembrai-vos como é curta a nossa vida, quão efêmeros os homens que criastes.
Qual é o vivo que se livra da morte, ou pode subtrair a sua alma ao poder da morada dos mortos?
Vossas bondades de outrora, ó Senhor, onde estão? E os juramentos que a Davi fizestes de fidelidade?
Considerai, Senhor, a vergonha imposta aos vossos servidores. Levo em meu seio ultrajes das nações pagãs,
insultos de vossos inimigos, Senhor, injúrias que lançam até nos passos daquele que vos é consagrado.

Bendito seja o Senhor eternamente! Amém! Amém!

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