Mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio
para falar, tardio para se irar." (Tiago, 1:19)
Analisar,
refletir, ponderar são modalidades do ato de ouvir. É indispensável que a
criatura esteja sempre disposta a identificar o sentido das vozes, sugestões e
situações que a rodeiam.
Sem observação, é
impossível executar a mais simples tarefa no ministério do bem. Somente após
ouvir, com atenção, pode o homem falar de modo edificante na estrada evolutiva.
Quem ouve,
aprende. Quem fala, doutrina. Um guarda, outro espalha. Só aquele que guarda,
na boa experiência, espalha com êxito. O conselho do apóstolo é, portanto, de
imorredoura oportunidade.
E forçoso é convir
que, se o homem deve ser pronto nas observações e comedido nas palavras, deve
ser tardio em irar-se.
Certo, o caminho
humano oferece, diariamente, variados motivos à ação enérgica; entretanto,
sempre que possível, é útil adiar a expressão colérica para o dia seguinte,
porquanto, por vezes, surge a ocasião de exame mais sensato e a razão da ira
desaparece.
Tenhamos em mente
que todo homem nasce para exercer uma função definida. Ouvindo sempre, pode
estar certo de que atingirá serenamente os fins a que se destina, mas, falando,
é possível que abandone o esforço ao meio, e, irando-se, provavelmente não
realizará coisa alguma.
Como funciona
isso?
Se o paciente tem
câncer, suas dores implicarão em sofrimento para a família. Tudo bem. Faz parte
das experiências humanas. Mas, dependendo da maneira como enfrentar seu
problema, poderá gerar aflições bem maiores para todos, o que acontece com o
paciente revoltado, inconformado, agressivo. Se humilde e resignado, a família
lidará melhor com a situação. Pacientes assim estão "zerando o
carma".
Do livro "Caminho,
Verdade e Vida", de Chico Xavier.
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