Que a mulher seja um céu de ternura,
aconchego e calor. Que nenhuma mulher seja mais a mesma depois que gerou sua criança. Que seja meio pata-choca, meio coruja e meio águia. Pata-choca para viver pelos filhos, coruja para incentivá-los, águia para ensiná-los o valor das alturas. Que seu colo tenha o tamanho da carência e da dor do filho. Que as mães sejam sábias, serenas, exigentes e brincalhonas.
Nunca me esqueço daquela jovem mãe com um pequeno ao lado e uma barriga de sete meses. Dei-lhe o meu lugar na fila do sorveteiro, porque é bom ser cortês com toda
mulher, mais ainda com a mulher que espera um filho e carrega outro... Ela agradeceu. Insisti. E ela disse:
"Por favor, padre. Estou educando
meu filho a saber esperar a vez dele. Se ele aprender a furar todas as filas só porque é menino, vai crescer errado. Se eu precisar, eu aceito, mas estamos bem..."
Gosto das mães que ensinam cidadania e convivência. Que as mães sejam esta escola pequena, mas rica de ensinamentos. Que o beijo das mães seja gostoso de estalar e o abraço gostoso de querer mais
e o puxão de orelhas, suficientemente dolorido de a gente nunca mais repetir. Que as mães saibam a hora de chamar para perto e de deixar ir.
Que as mães não sejam possessivas, neuróticas, medrosas, grudentas. É chato ter mãe chata, daquelas que falam demais e protegem demais. Que as mães saibam a justa medida, como o tempero da cozinha!
Há duas coisas que fazem um país maduro: boa escola e bom colo de mãe. Quem não teve os dois tem mais dificuldade na vida!
Pe. Zezinho, scj.
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