A efemeridade das coisas é a maneira mais prática e constante que Deus
encontrou para nos dizer a cada momento que aquilo que não passa, que não se
esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente,
para os outros. Os talentos multiplicados no dia a dia, a perfeição da alma
buscada na longa caminhada de uma vida de meditação, de oração, de piedade,
essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que,
finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando “Deus
será tudo em todos”. (cf. 1 Cor 15,28)
A transitoriedade de tudo o que está sob os nossos olhos deve nos
convencer de que só viveremos bem esta vida se a vivermos para os outros e para
Deus. São João Bosco dizia que “Deus nos fez para os outros”. Só o amor; a
caridade, o oposto do egoísmo, pode nos levar a compreender a verdadeira
dimensão da vida e a necessidade da efemeridade terrena.
(Prof. Felipe Aquino)
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