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sábado, 18 de maio de 2019

O que você faria?



O que você faria?
(Veja que interessante a reação de São Clemente nesta situação e perceba a força transformadora do perdão, da humildade e da mansidão…)

Certa vez, São Clemente Hofbauer, um santo da Congregação dos Padres Redentoristas, entrou numa taverna para pedir uma esmola para as obras que realizava; mantinha um orfanato de crianças pobres.
Um homem, Kalinski, o odiava, e estava presente ali no bar, tomando cerveja e jogando cartas com os amigos. São Clemente entrou, se dirigiu à mesa de Kalinski e pediu uma esmola.
– Como é Kalinski, você não vai fazer nada? perguntou o amigo. Não é este padre aí que você nos disse que quando encontrasse com ele ia “acertar as contas”?
– Sim, é ele mesmo, e eu vou fazer isso agora mesmo, disse Kalinski.
Kalinski pegou o copo de cerveja que bebia, encheu a boca e despejou no rosto de São Clemente.
Embora de índole colérica, o santo não se perturbou. Puxou o lenço e enxugou o rosto, enquanto todos esperavam a briga.
Calmamente, São Clemente disse ao agressor:
– Kalinski, eu sou um pecador e mereço isso, você já deu o que eu mereço. Agora dê uma esmola para as minhas pobres crianças, elas merecem.
A atitude do santo desconcertou Kalinski, o quebrou ao meio, e também aos demais do grupo. Na mesma noite, Kalinski não conseguia dormir de remorso; se levantou e foi à casa do Santo; bateu na janela do quarto, e quando esta se abriu ele entregou a São Clemente um saquinho de moedas de ouro: “É para seus meninos!” Arrependido e penitente Kalinski tornou-se grande amigo e colaborador do santo.
É a força da mansidão e do perdão. Isto é o que São Paulo chamou de “amontoar brasas ardentes sobre a cabeça do pecador” (Pr 25,21; Rom 12,20).
Jesus ensinou no monte das bem-aventuranças: “Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar a teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem”. (Mt 5,43-44). É claro que isso não é fácil; mas é possível com o auxílio da graça de Deus.
Quando olho para Jesus crucificado, a lição mais forte que aprendo é essa esta: “Eu que sou Deus, puro e santo, morri crucificado, perdoando os meus algozes. Faças o mesmo se queres ser cristão”.

(Prof. Felipe Aquino)

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