Sobressaiu na quietude da brisa da noite, por
cima daqueles montes calcários de Belém, o choro de um bebê recém-nascido. “O
Verbo Se fez carne e habitou entre nós.” A Terra não ouviu o choro, porque
a Terra dormia; os homens não ouviram o choro, pois não sabiam que um Menino
podia ser maior que um homem; os reis não ouviram o choro, pois não sabiam que
um Rei poderia nascer num estábulo; os impérios não ouviram o choro, pois os
impérios não sabiam que um Infante poderia segurar as rédeas que dirigem sóis e
mundos nos seus percursos.
Mas os pastores e os filósofos ouviram o choro, pois só os muito simples e os muito instruídos sabem que o coração de um Deus pode gritar no choro de uma Criança. E eles vieram com presentes – e adoraram, e tão grande era a majestade sentada na testa do Menino, tão grande era a dignidade do bebê, tão poderosa era a luz daqueles olhos que brilhavam como sóis celestiais, que eles não podiam deixar de gritar: “Emanuel! Deus está conosco”.
Mas os pastores e os filósofos ouviram o choro, pois só os muito simples e os muito instruídos sabem que o coração de um Deus pode gritar no choro de uma Criança. E eles vieram com presentes – e adoraram, e tão grande era a majestade sentada na testa do Menino, tão grande era a dignidade do bebê, tão poderosa era a luz daqueles olhos que brilhavam como sóis celestiais, que eles não podiam deixar de gritar: “Emanuel! Deus está conosco”.
(Dom Fulton Sheen (1895-1979), foi
arcebispo de Rochester-EUA)
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