Terminar
o ano no dia da esperança é muito significativo. Quer dizer que encerramos um
tempo, já pensando com otimismo no próximo.
A
esperança é própria do ser humano: acreditamos no que vai vir porque sabemos
que vai vir. E esperamos sempre o melhor: ninguém espera uma catástrofe, uma
tragédia, uma coisa ruim, mas dias melhores, condições melhores, situações mais
humanas, mais justas, mais felizes.
Todavia,
lembrava um verso antigo (dizem que é português) que “Entre a esperança e a
saudade/ uma paralelo se faz:/ de esperar você se cansa,/ de ter saudade
jamais”. Isso dá o que pensar, sobretudo, se acrescentarmos um provérbio bem
popular: “Quem espera come frio”. Poesia e sabedoria popular (porque os ditos
são inúmeros) insistem num fato: ter esperança não significa esperar que as
coisas aconteçam por conta própria, mas fazer a nossa parte (e, às vezes, até a
dos outros que nada fazem) para que a esperança se instale e viva entre nós.
A
esperança é uma virtude e, como tal, precisa de espíritos fortes (a palavra
virtude tem “força” [vir] em sua composição) e corajosos que a desenvolvam. E
quem tem esperança sabe o quanto é difícil convencer quem não tem. Esperança,
talvez, não deva ser confundida com otimismo, porque seria pouco, porque nem
sempre podemos ser otimistas, mas podemos sempre ter esperança.
O
símbolo da esperança é uma âncora porque a âncora dá segurança, salva. Seria
interessante se pudéssemos ser como as âncoras que, discretas nas embarcações,
estão sempre ali para dar um suporte, uma força, uma segurança. Sem esquecer
que uma âncora só desempenha seu papel se mergulhada na profundidade. Não há
âncoras superficiais.
E que
o novo ano seja repleto de muita e santa esperança.
Fonte: www.joaodefreitas.com.br
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