[...] No dia 7 de setembro, quando convocou o mundo inteiro a
rezar pela paz, especialmente pelo conflito devastador na Síria, o Papa
Francisco pediu: “É possível percorrer o caminho da paz? Podemos sair desta
espiral de dor e de morte? Podemos aprender de novo a caminhar e percorrer o
caminho da paz? Invocando a ajuda de Deus, sob o olhar materno da Salus Populi
romani, Rainha da paz, quero responder: Sim, é possível para todos! Esta noite
queria que de todos os cantos da terra gritássemos: Sim, é possível para todos!
E mais ainda, queria que cada um de nós, desde o menor até o maior, inclusive
aqueles que estão chamados a governar as nações, respondesse: – Sim queremos! A
minha fé cristã me leva a olhar para a Cruz. Como eu queria que, por um
momento, todos os homens e mulheres de boa vontade olhassem para a Cruz! Na
cruz podemos ver a resposta de Deus: ali à violência não se respondeu com
violência, à morte não se respondeu com a linguagem da morte. No silêncio da
Cruz se cala o fragor das armas e fala a linguagem da reconciliação, do perdão,
do diálogo, da paz. Queria pedir ao Senhor, nesta noite, que nós cristãos e os
irmãos de outras religiões, todos os homens e mulheres de boa vontade gritassem
com força: a violência e a guerra nunca são o caminho da paz! Que cada um olhe
dentro da própria consciência e escute a palavra que diz: sai dos teus
interesses que atrofiam o teu coração, supera a indiferença para com o outro
que torna o teu coração insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te ao
diálogo, à reconciliação: olha a dor do teu irmão – penso nas crianças: somente
nelas… olha a dor do teu irmão, e não acrescentes mais dor, segura a tua mão,
reconstrói a harmonia perdida; e isso não com o confronto, mas com o encontro!
Que acabe o barulho das armas! A guerra sempre significa o fracasso da paz, é
sempre uma derrota para a humanidade. Ressoem mais uma vez as palavras de Paulo
VI:
“Nunca mais uns contra os outros, não mais, nunca mais… Nunca
mais a guerra, nunca mais a guerra!” (Discurso às Nações Unidas, 4 de outubro
de 1965: ASS 57 [1965], 881).
“A paz se afirma somente com a paz; e a paz não separada dos
deveres da justiça, mas alimentada pelo próprio sacrifício, pela clemência,
pela misericórdia, pela caridade.” (Mensagem para o Dia Mundial da Paz, de
1976: ASS 67 [1975], 671).
https://paroquiavila.com.br/dia-mundial-de-oracao-pela-paz-e-celebrado-hoje.html
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