O viajante
caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por
entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando
volume e se tornando um rio maior. O viajante continuou a segui-lo.
Bem mais
adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num
espetáculo de águas cantantes.
A música das
águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao
lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta.
A natureza
criara com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.
De repente,
descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou
os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore,
prêmio Nobel de literatura de 1913:
“Não foi o
martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua
dança, e sua canção”.
“Onde a
dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.”
(Prof. Felipe Aquino)
Nenhum comentário:
Postar um comentário