(Também no deserto
é preciso aprender a prosseguir)
Por que não quero
mais rezar? O que devo fazer?
A verdade é que a
resposta para esta pergunta, apesar de ser curta, acredito que ainda seja a
resposta mais exata; e que apesar de ser curta é a única que aprendi e
verifiquei que funciona em todos estes meus anos de caminhada!
Então, quando
nossa vida de Oração se tornar cansativa, se tornar lenta, quando não tivermos
mais vontade alguma de rezar; e nem mesmo sabemos de onde vêm todas estas
coisas, a resposta é:
-Continue
rezando…
Você pode estar se
perguntando: “Mas o Danilo deve estar louco?!” Acabei de dizer
que não tenho vontade, que não quero e nem sinto nada!! E o que ele me responde
é:
-Continue
rezando!!!
É exatamente isso
que tenho aprendido, apesar de muitas vezes na prática me custar muito! Rezar
sem vontade, ler a Palavra de Deus sem “sentir o gosto”, se esforçar para
iniciar o Santo terço, lutar com o meu dia a dia agitado e corrido para participar
da Santa Missa… E mesmo assim, sem sentir nada, não me deixar levar pela onda
do momento…
A Oração é um
combate: por
ela chegamos a Deus sempre, quer sintamos isso ou não, chegamos ao coração de
Deus! E porque a Oração é um combate, não podemos parar de rezar, não podemos
ser arrastados por um momento de mornidão, por um momento de desolação, de
deserto…
Porque
mesmo quando não sentimos nada e até não desejamos rezar, mas, tomamos a
iniciativa e rezamos, ali Deus se manifesta, ali ganhamos de certa forma
uma força para prosseguir, somos revestidos pela força que contém a Oração, que
sempre será uma força de encontro com Deus…
Mas quando optamos
em não rezar, o maior perigo que corremos é o perigo do pecado! Se nos deixamos
envolver por esta onda de mornidão, por este deserto; é certo que se não
reagirmos, o pecado irá tomando um espaço em nossas vidas, dentro dos nossos
corações, em nossas decisões…
E assim, ao invés
de você ir, mesmo que aos poucos, voltando a rezar com mais gosto, você
perderá cada vez mais o desejo pela Oração, perderá cada vez mais o
desejo por corresponder de maneira diferente aos desafios do dia a dia; e é bem
provável que conforme o pecado for ganhando força dentro de você, você esqueça
até mesmo que é uma pessoa de Deus, e venha se esquecer do próprio Deus!
Isso é muito
sério, e não estou exagerando!!! O pecado tem por obrigação de sua essência quebrar
todo e qualquer vínculo que tenhamos com Deus, que tenhamos com as
coisas de Deus! É por isso que quanto mais caímos em pecados e não voltamos
para Deus rapidamente, mais vai parecendo que Deus está longe de nós!
Quantas pessoas
conheci que eram profundamente de Deus, mas que se deixaram levar por uma
espécie de mornidão na vida de Oração, e acabou que não mais rezavam, não mais
adoravam, não mais liam a Palavra de Deus; e por isso foram deixando e esquecendo
do próprio Deus! E aí já é possível imaginar a desgraça que se tornou a
vida destas pessoas!
Por
isso entenda uma coisa muito séria:
Não precisamos
sentir nada para termos uma vida de Oração que nos mantenha em Deus! Não
precisamos sentir nada na Oração, não precisamos ser tocados em nossas emoções,
ficarmos alegres, sorridentes, sairmos satisfeitos e coisas do tipo…
A Oração, você sinta
ou não, tem a força de te levar ao Coração de Deus! A Oração por aquilo que ela
é, ela te deixará no “prumo”, te deixará sob a sua proteção, graça e força!
Então, de uma vez
por todas: Nunca pare de rezar, nunca desista da Oração… Seja
insistente com você mesmo, seja o “DO CONTRA” com a ONDA que quer
te deixar longe da Oração!
Tenho certeza que
se você fizer esta experiência, você colherá dos melhores frutos! E chegará sim
o tempo que novamente o “gosto” pela Oração florirá, voltará o tempo em que você
será motivado pelos bons sentimentos, chegará o tempo em que você saberá exatamente
o que Deus quer de você, porque O ouviu por meio da Oração!
Mas
enquanto este tempo não chegar, lute contra tudo o que quiser te afastar do seu
momento de Oração, e reze!
Espero que você possa
partilhar os frutos da sua persistência!
Deus abençoe sua
luta!
(via Livres
de todo mal)
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