Primeira hierarquia:
É formada pelos Santos Anjos que estão
em íntimo contato com o Criador. Dedicam-se a Amar, Adorar e Glorificar a DEUS
numa constante e permanente frequência, em grau bem mais elevado que os outros
Coros: Serafins, Querubins e Tronos.
Serafins:
O nome “seraph” deriva do hebreu e
significa “queimar completamente”. Segundo o conceito hebraico, o Serafim não é
apenas um ser que “queima”, mas “que se consome” no amor ao Sumo Bem, que é o
nosso Deus Altíssimo.
Na Sagrada Escritura os Santos Anjos
Serafins aparecem somente uma única vez, na visão de Isaías: (Is 6,1-2).
Seguindo o critério tradicional, são
nove (9) os Coros ou Ordens Angélicas: Serafins, Querubins, Tronos, Dominações,
Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos, distribuídas em três
Hierarquias.
Querubins:
São considerados guardas e mensageiros
dos Mistérios Divinos, com a missão especial de transmitir Sabedoria. No início
da criação, foram colocados pelo CRIADOR para guardar o caminho da Árvore da
Vida. (Gn 3,24) Na Sagrada Escritura o nome dos Santos Anjos Querubins é o mais
citado, aparecendo cerca de 80 vezes nos diversos livros. São também os
Querubins os seres misteriosos que Ezequiel descreve na visão que teve, no
momento de sua vocação: (Ez 10,12). Quando Moisés recebeu as prescrições para a
construção da Arca da Aliança, onde o SENHOR habitou, o trono Divino foi
colocado entre dois Querubins: (Ex 25,8-9.18-19). Estas considerações atestam
que os Querubins são conhecedores dos Mistérios Divinos.
Tronos:
Acolhem em si a Grandeza do CRIADOR e
transmitem-na aos Santos Anjos de graus inferiores. São chamados “Sedes Dei”
(Sede de DEUS). Em síntese, os Tronos são aqueles Santos Anjos que apresentam
aos Coros inferiores, o esplendor da Divina Onipotência.
Segunda hierarquia:
São os Santos Anjos que dirigem os Planos
da Eterna Sabedoria, comunicando aqueles projetos aos Anjos da Terceira
Hierarquia, que vigiam o comportamento da humanidade. Eles são responsáveis
pelos acontecimentos no Universo. Esta Hierarquia é formada pelos seguintes
Coros de Anjos: Dominações, Potestades e Virtudes.
Dominações:
São aqueles da alta nobreza celeste.
Para caracterizá-los com ênfase, São Gregório escreveu: “Algumas fileiras do
exército angélico chamam-se Dominações, porque os restantes lhe são submissos,
ou seja, lhe são obedientes”. São enviados por Deus a missões mais relevantes e
também, são incluídos entre os Santos Anjos que exercem a “função de Ministro
de Deus”.
Potestades:
É o Coro Angélico formado pelos Santos
Anjos que transmitem aquilo que deve ser feito, cuidando de modo especial da
“forma” ou “maneira” como devem ser feitas as coisas. Também são os Condutores
da ordem sagrada. Pelo fato de transmitirem o poder que recebem de Deus, são
espíritos de alta concentração, alcançando um grau elevado de contemplação ao
Criador.
Virtudes:
As atribuições dos Santos Anjos deste
Coro, são semelhantes àquelas dos Santos Anjos do Coro Potestades, porque
também eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas
sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo
perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem
interferir no perfeito cumprimento das ordens do CRIADOR. São considerados
Anjos fortes e viris. Quem sofre de fraquezas físicas ou espirituais, deve
invocar por meio de orações, o auxílio e a proteção de um Santo Anjo do Coro
das Virtudes.
Terceira Hierarquia:
É formada pelos Santos Anjos que
executam as ordens do Altíssimo. Eles estão mais próximos de nós e conhecem a
fundo a natureza de cada pessoa que devem assistir, a fim de poderem cumprir
com exatidão a Vontade Divina: insinuando, avisando ou castigando, conforme o
caso. Esta Hierarquia é formada pelos: Principados, Arcanjos e Anjos.
Principados:
Os Santos Anjos deste Coro são guias
dos mensageiros Divinos. Não são enviados a missões modestas, ao contrário, são
enviados a príncipes, reis, províncias, Dioceses, de conformidade com o honroso
título de seu Coro. No livro de Daniel são também apresentados como protetores
de povos: (Dn 10,13). Significa dizer que são aqueles Anjos que levam as
instruções e os avisos Divinos ao conhecimento dos povos que lhes são
confiados. Porém, quando esses mesmos povos recusam aceitar as mensagens do
Senhor, os Principados transformam-se em Anjos Vingadores, e derramam as taças
da ira Divina sobre eles, de forma a reconduzi-los através do castigo e da dor,
de volta ao DEUS de Amor e Misericórdia que eles abandonaram propositalmente.
Arcanjos:
A ordem tradicional dos Coros Angélicos
coloca os “Arcanjos” entre os “Principados” e os “Anjos”. Pelas funções que
desempenha, acreditamos que ele deve estar colocado no mais alto Coro dos
Santos Anjos. Gabriel também é chamado de Arcanjo, e da mesma maneira que
Miguel, através das páginas da Sagrada Escritura, vê-se que é conhecedor dos
mais profundos Mistérios de DEUS, inclusive foi Gabriel quem Anunciou a Maria
que Ela estava cheia de graças e tinha sido escolhida pelo Criador, para Mãe de
Deus. Por outro lado, também Rafael é denominado pela Igreja como um Arcanjo. A
respeito de Rafael, no Livro de Tobias, ele mesmo confirma que está diante de
Deus:
“Eu sou Rafael, um dos sete Anjos que
estão sempre presentes e tem acesso junto à Glória do Senhor”. (Tb 12,15)
Os Santos Anjos recebem as ordens dos
Coros superiores e as executam. Outro aspecto que não pode ser esquecido é o
fato de que os Santos Anjos, guardadas as devidas proporções, estão mais perto
da humanidade e por assim dizer, convivendo conosco e prestando um serviço
silencioso mas de valor incomensurável a cada pessoa. O Criador inspirou o
escritor sagrado no Livro Êxodo, da Bíblia Sagrada: “Eis que envio um Anjo
diante de ti, para que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que tenho
preparado para ti. Respeita a sua presença e observa a sua voz, e não lhe sejas
rebelde, porque não perdoará a vossa transgressão, pois nele está o Meu Nome.
Mas se escutares fielmente a sua voz e fizeres o que te disser, então serei
inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários”. (Ex 23,20-22).
(Por Prof. Felipe Aquino, em Cléofas)
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