Realmente
hoje temos muita ciência, mas pouca sabedoria. O primado da técnica sobre a
ética e da ciência sobre a moral não garantem a felicidade do homem moderno.
Isto faz com que ele tenha medo daquilo mesmo que construiu com suas mãos e sua
inteligência. Há um caminho mais suave para se viver e ser feliz. Que caminho é
esse?
É
por onde se observa coisas simples e naturais, medita e equilibra: ciência e
fé. Por exemplo:
A
rua mais limpa não é aquela que se varre mais vezes, é a que se suja menos.
A
consciência mais tranquila não é a que se confessa muito, mas a que peca menos.
Ser
rico não é se matar de trabalhar, de negociar, às vezes até passando os outros
para trás. Ser rico não é ter muito, é precisar de pouco.
Ser
culto e erudito não é apenas devorar muitos livros, mas também saber aprender
com os outros.
Ser
saudável não é fazer muito regime e muita ginástica; é comer menos, dormir
mais, se agitar pouco.
Ter
saúde não é tomar frascos e frascos de vitaminas; é se alimentar bem, sem
exagero, com uma ração balanceada, colorida, saudável.
Se
realizar não é falar muito e parecer “o bom”; é saber usar o silêncio para
degustar a sabedoria que os outros nos passam e que nos enriquecem.
Ser
humilde não é se desvalorizar e enterrar os próprios talentos, é ser fiel à
verdade de sua vida e de sua realidade.
Ser
casto não é fazer penitências pesadas para vencer as tentações, é fugir delas,
na vigilância e na oração.
Ser
eficiente não é correr contra o tempo, é saber usar o tempo, contar com ele.
Tudo que é feito sem contar com ele, ele se incumbe de destruir.
Ser
perfeito não é querer imitar os outros, é desenvolver os próprios talentos e
aceitar a sua realidade.
Ser
produtivo não é se matar de trabalhar, é trabalhar sempre, sem pressa, mas sem
parar, como a planta.
Quando
você não conseguir fazer alguma coisa de maneira rápida, não desista; apenas
tente fazer devagar.
Que
tal seguir um caminho mais suave, mais natural, mais humano?
(Prof. Felipe Aquino)
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