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O próprio Jesus,
segundo o testemunho dos evangelistas, inicia sempre a sua oração com a
invocação do nome “Pai”: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra”
(Mt 11, 25); “Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho” (Jo 17,1); “Pai,
perdoa-lhes” (Lc 23,34); “Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice!”
(Lc 22,42). Do mesmo modo, quando o anjo Gabriel, em nome de Deus, se dirige à
Virgem Maria, não começa por lhe revelar o mistério nem lhe pedir uma resposta.
Suas primeiras palavras são uma saudação: “Ave, cheia de graça, o Senhor é
contigo” (Lc 1,28).
Não podemos rezar sem
antes nos colocarmos em oração, isto é, colocarmos na presença. Um velho
sacerdote repetia sempre: “Estejamos presentes na Presença”. Iniciar as orações
pessoais e as celebrações litúrgicas com o sinal da cruz e um “bom dia” ao
Senhor não é um rito arcaico nem uma escolha insignificante. Não há oração a
não ser na presença de Deus. Deus está lá. Antes mesmo de me virar para ele,
ele já se virou para mim.
(Padre Alain Bandelier – em pt.aleteia.org)
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