Quando
encontrar preocupações, se precisar de um lembrete do amor de Deus por você, recorra
às Escrituras Sagradas nas palavras do Salmo 139 (138).
“Senhor,
vós me perscrutais e conheceis. Vós sabeis quando me sento e me levanto, conheceis
à distância o meu próprio pensar. Quer caminhe, quer repouse, vós o sabeis; estais
atento a todos os meus passos. Ainda a palavra não chegou à boca, já a
conheceis plenamente. Estais à minha frente e atrás de mim, sobre mim repousa a
vossa mão. Grande demais é essa ciência para o meu alcance, tão alta que não
posso atingi-la. Como poderei ausentar-me do vosso espírito e como fugir da
vossa presença? Se subir aos céus, lá vos encontro, se descer aos infernos,
igualmente. Mesmo que me aposse das asas da aurora, e for morar nos confins do
mar, mesmo aí, a vossa mão me conduz, e a vossa destra me segura. Se eu disser:
“Ao menos as trevas me cobrirão, que a luz sobre mim seja qual noite”, nem
sequer as trevas serão bastante escuras para vós, e a noite será clara como o
dia; tanto faz a luz como as trevas. Vós é que plasmastes o meu interior, me
tecestes no seio de minha mãe. Dou-vos graças por tantas maravilhas; as vossas
obras são admiráveis, conheceis a sério a minha alma. Nada da minha substância
escapava quando era formado no silêncio, tecido nas entranhas da vida humana. Vossos
olhos contemplaram-me em embrião, todos os dias se inscreviam no vosso livro, até
antes que um só deles existisse. Quão insondáveis para mim, ó Deus, vossos
pensamentos. Quão imenso o seu número! Quisera contá-los, são mais que as
areias, se pudesse chegar ao fim, estaria ainda convosco.”
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