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A Igreja celebra a festa
da Apresentação do Senhor após quarenta dias do Natal. Este acontecimento é
narrado pelo evangelista Lucas no capítulo 2.
“Concluídos os dias da sua purificação,
segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram o Menino a Jerusalém, para
apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: ‘Todo
primogênito de sexo masculino será consagrado ao Senhor’ (Ex 13,2); eles
ofereceram um par de rolas ou dois pombinhos como sacrifício prescrito pela Lei
do Senhor. Ora, em Jerusalém havia um homem chamado Simeão: um homem justo e
piedoso, que esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele.
Movido pelo Espírito Santo, ele também foi ao Templo, porque não queria morrer
sem primeiro ter visto o Cristo do Senhor. Tendo seus pais apresentado o Menino
Jesus ao Templo, para cumprir os preceitos da Lei, ele o tomou em seus braços e
louvou a Deus nestes termos: ‘Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz,
segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação, que
preparastes diante de todos os povos, luz para iluminar as nações e glória do
vosso Povo de Israel’.” (cf. Lc 2, 22-40).
Oferta
Segundo a Lei de Moisés, o primogênito de sexo masculino era propriedade do Senhor e destinado ao serviço do Templo. Mais tarde, quando os descendentes de Levi, os levitas, assumiram o serviço do Templo, esta prescrição caiu em desuso, mas o primogênito devia ser resgatado com uma oferta em dinheiro, para a manutenção do sacerdote.
Encontro com Simeão
“Movido pelo Espírito, foi ao Templo”. Deve-se evidenciar um detalhe: Simeão foi inspirado pelo Espírito Santo, que o levou também ao “reconhecimento” de Jesus, como o Esperado, a Luz dos Gentios. Devemos colocar-nos diante desta Luz: “A verdadeira luz veio ao mundo; a luz que ilumina cada homem... mas o mundo não o reconheceu" (Jo 1,9-10).
Maria guardava tudo em seu coração
Simeão abençoou os pais, mas suas palavras são dirigidas apenas à mãe: seu Filho será sinal de contradição. Jesus é a Luz do mundo, mas será rejeitado, admirado e amado, mas também crucificado, derrotado; morrerá e ressurgirá. Um caminho repleto de contradições, que ficou impresso no coração da Mãe.
Encontro com Ana
A profetisa Ana também foi ao Templo. Segundo os detalhes do evangelista, nota-se quanto ela também era uma mulher de Deus, muito idosa, viúva. Como "profetisa" conseguiu entender o que os outros tanto queriam ver: a presença de Deus! Ela soube ir para além das aparências e viu que aquele Menino era o “Esperado pelos Gentios”.
Esperança
Na época de Jesus, a idade média de vida era de aproximadamente 40 anos. Mas, o evangelista diz que Simeão e Ana eram “idosos". Os idosos, geralmente, vivem de recordações, saudades dos tempos idos, enquanto os jovens vivem de esperança, olham para frente. Neste caso, estamos diante de dois idosos que, porém, ao ver o Menino, olham para frente, aguardam, se surpreendem, cantam de alegria e esperança. Tais detalhes demonstram quanto eram jovens de coração, repletos de Deus e de suas promessas: e Deus não decepciona!
Profetas
Todos nós também somos envolvidos por esta "visão", pois quem aceita viver o Evangelho torna-se sinal de contradição. Colocar-se diante do Senhor Jesus, Luz dos Gentios, requer muita coragem, mas, ainda mais e antes de tudo, ser "de Deus", como Simeão e Ana; requer também a consciência de nem sempre ver tudo claramente, como José e Maria, que ficaram “admirados” com o que diziam de seu Filho, mas, depois, sabemos que Maria “guardava e meditava” tudo em seu coração.
Fonte: www.vaticannews.va
Segundo a Lei de Moisés, o primogênito de sexo masculino era propriedade do Senhor e destinado ao serviço do Templo. Mais tarde, quando os descendentes de Levi, os levitas, assumiram o serviço do Templo, esta prescrição caiu em desuso, mas o primogênito devia ser resgatado com uma oferta em dinheiro, para a manutenção do sacerdote.
“Movido pelo Espírito, foi ao Templo”. Deve-se evidenciar um detalhe: Simeão foi inspirado pelo Espírito Santo, que o levou também ao “reconhecimento” de Jesus, como o Esperado, a Luz dos Gentios. Devemos colocar-nos diante desta Luz: “A verdadeira luz veio ao mundo; a luz que ilumina cada homem... mas o mundo não o reconheceu" (Jo 1,9-10).
Simeão abençoou os pais, mas suas palavras são dirigidas apenas à mãe: seu Filho será sinal de contradição. Jesus é a Luz do mundo, mas será rejeitado, admirado e amado, mas também crucificado, derrotado; morrerá e ressurgirá. Um caminho repleto de contradições, que ficou impresso no coração da Mãe.
A profetisa Ana também foi ao Templo. Segundo os detalhes do evangelista, nota-se quanto ela também era uma mulher de Deus, muito idosa, viúva. Como "profetisa" conseguiu entender o que os outros tanto queriam ver: a presença de Deus! Ela soube ir para além das aparências e viu que aquele Menino era o “Esperado pelos Gentios”.
Na época de Jesus, a idade média de vida era de aproximadamente 40 anos. Mas, o evangelista diz que Simeão e Ana eram “idosos". Os idosos, geralmente, vivem de recordações, saudades dos tempos idos, enquanto os jovens vivem de esperança, olham para frente. Neste caso, estamos diante de dois idosos que, porém, ao ver o Menino, olham para frente, aguardam, se surpreendem, cantam de alegria e esperança. Tais detalhes demonstram quanto eram jovens de coração, repletos de Deus e de suas promessas: e Deus não decepciona!
Todos nós também somos envolvidos por esta "visão", pois quem aceita viver o Evangelho torna-se sinal de contradição. Colocar-se diante do Senhor Jesus, Luz dos Gentios, requer muita coragem, mas, ainda mais e antes de tudo, ser "de Deus", como Simeão e Ana; requer também a consciência de nem sempre ver tudo claramente, como José e Maria, que ficaram “admirados” com o que diziam de seu Filho, mas, depois, sabemos que Maria “guardava e meditava” tudo em seu coração.
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