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Imagem da reflejosdeluz.net

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Oi, Zé!




Todos os dias, um pobre velho entrava na igreja e poucos minutos depois, ele saía.
Certa vez, o sacristão lhe perguntou o que ele vinha fazer (pois temia pelos objetos de valor da igreja). Venho rezar, respondeu o velho.
Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa!
Bem, retrucou o velho, eu não sei recitar aquelas orações compridas, mas todo dia ao meio-dia, entro nessa igreja e só falo: “Oi, Jesus!!! É o Zé.” Num minuto já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas eu tenho certeza de que ele me ouve.
Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital. Na enfermaria, passou a exercer uma grande e forte influência sobre todos os doentes: os mais tristes se tornaram mais alegres e muitas risadas passaram a ser ouvidas.
“Zé!”, disse-lhe um dia a irmã, “os outros doentes dizem que você é quem mudou tudo aqui na enfermaria, eles dizem que você está sempre tão alegre...”
“É verdade, irmã, estou sempre alegre. É por causa daquela visita que recebo todo dia e que me deixa feliz.”
A irmã ficou atônita. Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. O Zé era um velho solitário, sem ninguém...
“Que visita? A que horas?” perguntou a irmã...
“Ao meio-dia ele vem e fica ao pé da minha cama. Quando olho pra ele, ele sorri e diz: Oi, Zé!!! É o Jesus!” 

Imagem: David Fink

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