"Pai, se queres, afasta
de mim este cálice..." (Lc 22,42)
Há orações que nos custam
lágrimas e até prantos que saem do fundo da alma. A oração feita por Jesus no
jardim de Getsêmani custou-lhe suor que "tornou-se como grandes gotas de
sangue, que caíam sobre o chão" (Lc 22,44). Nesta reflexão, não entraremos
no motivo do sofrimento do nosso Mestre, porém, desejamos falar de outras
orações agonizantes.
O apóstolo Paulo tinha o seu "espinho na carne" que o levou a pedir a Deus fervorosamente que dele o livrasse. A sua súplica não foi atendida, mas Deus encheu a vida de Paulo da sua graça e do seu poder.
Ruth também pode dizer:
"O poder de Deus se aperfeiçoa na minha fraqueza." Ela teve a
infelicidade de nascer já com certas desvantagens para uma vida normal, pois os
seus dois braços eram irremediavelmente deformados. Era-lhe necessário esforçar-se
muito na escola para não se sentir ofendida pelos olhares curiosos de seus
coleguinhas e de estranhos na rua. Criaram-se muitos complexos na sua
personalidade e, várias vezes, desejou que Deus lhe tirasse a vida. Com muito sacrifício,
aprendeu a tocar piano e a escrever à máquina, revelando uma grande força de
vontade de vencer. No seminário, todos se admiravam de suas conquistas, tanto intelectuais
e físicas como espirituais. Qual o segredo de sua vida? Ela mesma o contou.
Entregou-se a Cristo e aprendeu por experiências duras e tristes que jamais
seria libertada de seu "cálice", do "espinho" na sua carne.
Experimentou a graça divina e recebeu a força necessária para glorificar a
Cristo na sua fraqueza.
Você tem um espinho na carne?
Está de boa vontade glorificando a Deus por meio dessa fraqueza? O nosso Senhor
nos diz: "A minha graça te basta" (2 Cor 12,9).
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