“[...] Subitamente,
ao descansar em seus braços, sentimos uma paz desconhecida. E, em nosso
coração, descobrimos novas respostas, como se Ele as tivesse semeado em nossa
alma enquanto dormíamos.
Para isso, é
preciso, certamente, um jardim bem cuidado, uma terra bem trabalhada, profunda
e fértil. É preciso um oceano fundo, porque, entre os barulhos da vida diária,
sua voz se perde. É preciso aprender a “perder tempo” ao seu lado, buscá-lo,
dedicar-nos a essa espera muitas vezes aparentemente infecunda.
Deus nos convida a
buscá-lo nas pessoas, nos lugares, no vazio. Não quer que o busquemos somente
naquilo que nos encanta e fascina, mas que o procuremos também naquilo que nos
desagrada, nos rostos que não são tão simpáticos.
Ele quer que
aprendamos a ler o livro da nossa própria vida, cheia de erros e rabiscos. Com
paciência, decifrando sinais, levantando pedras, ventilando de vez em quando o
quarto da alma, pelo qual o Senhor passeia. Sim, é claro que Deus nos fala!
Não podemos fazer
nada para que Ele nos fale mais, nem mais claramente. Mas, sim, podemos fazer
muito por aprender a escutar sua voz em meio a tantas vozes que nos confundem.
Deus nos fala no humano e, a partir do humano, Ele nos conduz às alturas, ao
seu coração. [...]
Deus sempre quer
que subamos mais alto, que voemos até as alturas. Que levemos ao seu coração de
Pai todo o humano que temos, nossas fraquezas e fortalezas, as tristezas e
alegrias, as lágrimas e os sorrisos.
Porque tudo isso agrada
a Deus. Tudo lhe importa.”
(Carlos Padilla Esteban em pt.aleteia.org)
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