O
tempo é como uma antessala da vida plena, de tal modo que na terra aprontamos
nossa veste nupcial para a ceia da vida eterna (cf. Ap 21,2). É um se preparar
suado e trabalhoso, atribulado, pois nada de grande se faz sem fadiga. Mas,
lembra-nos o Apóstolo: “as passageiras tribulações desta vida não têm proporção
com o peso de glória que elas nos preparam para a pátria definitiva” (Ef. 5,16,
Rm 8,11; 2Cor 4,17).
O
tempo lembra-nos que estamos no exílio, que deve despertar no cristão o anseio
da mansão definitiva, pois vivemos da fé, e não da visão face a face da Beleza
Infinita (2Cor 5,6s). A paciência de Deus nos concede tempo para uma conversão
sempre mais perfeita (Rm 2,4; 2Pd 3,9). Deus conhece a nossa fragilidade humana
e diariamente nos renova a sua graça e misericórdia, a fim de que hoje possamos
viver melhor ainda do que ontem.
Estas
ideias voltam à mente dos cristãos especialmente no início de um Ano Novo. É o
Apóstolo quem escreve: “Exortamos-vos a que não recebais a graça de Deus em
vão…” (2 Cor 6,1s). Um Ano Novo é um tempo novo, na graça de Nosso Senhor Jesus
Cristo, como dizia-se antigamente. O cristão deve saber aproveitar, cada vez
mais conscientemente, o chamado de Deus, lembrando-se de que o Senhor não quer
corações tristes e constrangidos.
(Prof. Felipe Aquino)
Nenhum comentário:
Postar um comentário