Cada
dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar
banho, alimentar-nos etc. Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser
repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater
interminável do coração e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo
repete sem cessar suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório (…)
nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor
que se abre logo estará murcha. Todo dia que nasce logo se esvai (…) e assim
tudo passa, tudo é transitório. Por que será? Qual a razão de nada ser
duradouro? Compra-se uma camisa nova, e logo já está surrada; compra-se um
carro novo, e logo ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos (…),
e assim por diante.
A
razão inexorável dessa precariedade das coisas também está nos planos de Deus.
Por mais durável que seja um objeto, depois de algum tempo estará velho ou
obsoleto, a marca da vida é a renovação. Tudo nasce, cresce, vive, amadurece e
morre.
A
razão profunda dessa realidade tão transitória é a lição cotidiana que Deus nos
quer dar de que esta vida é apenas uma passagem, um aperfeiçoamento, em busca
de uma vida duradoura, eterna, perene.
Em
cada flor que murcha e em cada homem que falece, sinto Deus nos dizer: “Não se
prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, quando
tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia”.
E
isto mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos
uma bela rosa murchar, é como se ela estivesse nos dizendo que a beleza está
nela, mas não lhe pertence. [...]
(Prof.
Felipe Aquino)
Nenhum comentário:
Postar um comentário