Em uma de suas belas páginas na Primeira Carta aos
Coríntios 13,1-13, São Paulo escreve o hino ao amor, cuja mensagem é “sem amor
nada somos”. Em Cânticos, encontramos “o amor é tão forte quanto a morte” (Ct
8,6).
Em breves palavras, o autor condensa a força
arrebatadora do amor como aquela da morte, a que reduz o ser humano à sua
finitude física. Portanto, aí está a intensidade de algo tão humano e
imprescindível à vida, cuja ausência é capaz de deixar sequelas profundas no
percurso existencial de uma pessoa
[...]
“agora,
portanto, permanecem fé, esperança, amor, essas três coisas; mas a maior delas
é o amor” (1Cor 13,13). Em seu sentido profundo, o amor comporta um ato de
fé e a paciência esperançosa, e isso faz mover o coração e atitudes humanas em
relação ao semelhante. Será que não é isso que nos falta nesta era da
História: recuperar a dimensão da fé como horizonte antropológico e
transcendental e a paciência esperançosa, enquanto possibilidade de sentido do
que realizamos e podemos realizar, enquanto seres criativos e capazes de amar?
Qual
o aprendizado das experiências concretas, significativas e cotidianas do amor
para nós enquanto pessoa e sociedade? Talvez neste arco da História, estamos
experimentando o autoabandono de si e do outro sem nos darmos conta que que
estamos fazendo mal a nós mesmos, descuidando-nos. E só o amor é capaz de nos
resgatar dessa condição e resgatar o que há de mais belo no humano: doar-se ao
outro, cuidar dele. Sem o amor nada somos!
(Pe. Rogério Gomes, via A12)
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