Na Última Ceia, na
iminência da Paixão, a atmosfera era de amor, de intimidade, de recolhimento.
“Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.”
Jo 13,3-5
Para os apóstolos deve ter
sido muito impressionante ver Jesus realizar este gesto, que estava reservado
para o servo da casa. Certamente eles devem tê-lo entendido com o passar do
tempo. Ainda hoje, podemos achar surpreendente imaginar Deus nessa posição,
limpando com as suas mãos o pó do caminho.
Deixar Cristo lavar os nossos pés implica reconhecer que não somos nós que nos tornamos puros, limpos ou santos. “E isto é difícil de compreender. Se não deixo que o Senhor seja o meu servo, que o Senhor me lave, me faça crescer, me perdoe, não entrarei no Reino dos Céus” (Francisco, Homilia, 9 de abril de 2020.). “Deus salvou-nos, servindo-nos. Geralmente pensamos que somos nós que servimos a Deus. Mas não; foi Ele que nos serviu gratuitamente, porque nos amou primeiro. É difícil amar, sem ser amado; e é ainda mais difícil servir, se não nos deixamos servir por Deus” (Francisco, Homilia, 5 de abril de 2020.). Este é o paradoxo cristão: é Deus quem vai em frente; é Ele quem toma a iniciativa. Por isso é tão importante, antes de empreender qualquer tarefa apostólica, aprender a receber o que Deus quer nos dar, aprender a nos deixar limpar repetidamente por Ele.
NUNCA deixaremos de nos maravilhar com aquele gesto de Jesus lavando os pés dos seus apóstolos, mas o seu amor e humildade atingem maiores alturas, infinitas quando, durante a ceia, “tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória’. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: ‘Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim’” (1 Cor 11,23-25). [...]
“Nosso Senhor Jesus
Cristo instituiu a Eucaristia para que pudéssemos tê-lo sempre junto de nós e
porque – tanto quanto nos é possível entender –, movido por seu Amor, Ele, que
de nada necessita, não quis prescindir de nós. A Trindade enamorou-se do homem.
São Josemaria, É Cristo que passa, n. 84.
Fonte:
https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-quinta-feira-santa/
“Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.”
Jo 13,3-5
Deixar Cristo lavar os nossos pés implica reconhecer que não somos nós que nos tornamos puros, limpos ou santos. “E isto é difícil de compreender. Se não deixo que o Senhor seja o meu servo, que o Senhor me lave, me faça crescer, me perdoe, não entrarei no Reino dos Céus” (Francisco, Homilia, 9 de abril de 2020.). “Deus salvou-nos, servindo-nos. Geralmente pensamos que somos nós que servimos a Deus. Mas não; foi Ele que nos serviu gratuitamente, porque nos amou primeiro. É difícil amar, sem ser amado; e é ainda mais difícil servir, se não nos deixamos servir por Deus” (Francisco, Homilia, 5 de abril de 2020.). Este é o paradoxo cristão: é Deus quem vai em frente; é Ele quem toma a iniciativa. Por isso é tão importante, antes de empreender qualquer tarefa apostólica, aprender a receber o que Deus quer nos dar, aprender a nos deixar limpar repetidamente por Ele.
NUNCA deixaremos de nos maravilhar com aquele gesto de Jesus lavando os pés dos seus apóstolos, mas o seu amor e humildade atingem maiores alturas, infinitas quando, durante a ceia, “tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória’. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: ‘Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim’” (1 Cor 11,23-25). [...]
São Josemaria, É Cristo que passa, n. 84.
Nenhum comentário:
Postar um comentário