O SÁBADO SANTO pode ser
para nós “o dia do Tríduo pascal que mais descuidemos, ansiosos por passar da
cruz da sexta-feira à aleluia do domingo” (Francisco, Homilia,
11 de abril de 2020). Para que isto não nos aconteça, podemos prestar atenção nas
mulheres que acompanharam a Virgem Maria o tempo todo. “Para elas, como para
nós, era a hora mais obscura. Naquela situação, porém, as mulheres não ficaram
paralisadas, não cederam às forças obscuras dos lamentos e do remorso, não se
fecharam no pessimismo, não fugiram da realidade. Fizeram algo simples e
extraordinário: prepararam em suas casas os aromas para o corpo de Jesus. (...)
Sem consciência disso, essas mulheres estavam preparando na escuridão daquele
sábado o amanhecer do ‘primeiro dia da semana’, o dia que mudaria a história”
(Francisco,
Homilia,
11 de abril de 2020.).
[...] No entanto, “no silêncio que envolve o Sábado Santo, embargados pelo amor ilimitado de Deus, vivemos à espera do alvorecer do terceiro dia, o alvorecer do triunfo do amor de Deus, o surgimento da luz que permite aos olhos do coração ver de modo novo a vida, as dificuldades, o sofrimento. A esperança ilumina os nossos fracassos, nossas desilusões, nossas amarguras, que parecem marcar o desmoronamento de tudo”.
Bento XVI, Palavras no fim da Via Sacra, 2-IV-2010.
[...] Por outro lado, o Sábado Santo não pode ter sido para a Virgem um dia triste, embora doloroso. A fé, a esperança, e o amor mais terno por seu divino filho dar-lhe-iam paz, fá-la-iam aguardar a ressurreição com uma ânsia serena. Recordaria, entretanto, as últimas palavras de Jesus: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19,26); começaria já a exercer a sua maternidade sobre aqueles homens e aquelas mulheres que haviam seguido Cristo desde os primeiros tempos.
[...] Queremos apoiar a nossa fé na dela: sobretudo quando as coisas custam, quando chegam dificuldades e momentos de escuridão. São Bernardo havia-o experimentado bem: “Quando se levantam os ventos das tentações, quando tropeças nos escolhos das tribulações, olha a Estrela, chama a Maria” (São Bernardo, Homiliae super “Missus est”, 2, 17). Deus quer que ela seja para nós advogada, mãe, caminho seguro para encontrar outra vez a luz nos momentos de escuridão.
Quem recorre à poderosa intercessão de Santa Maria sabe que nunca se ouviu dizer que alguém que tenha confiado em Nossa Senhora tenha ficado desamparado, por mais que o momento fosse duro e grande a confusão da alma. Podemos dizer a Jesus: “Apesar da tristeza que possamos albergar, sentiremos que devemos esperar, porque contigo a cruz floresce em ressurreição, porque tu estás conosco na escuridão de nossas noites, és certeza em nossas incertezas, palavras em nossos silêncios e nada poderá roubar jamais o amor que nos tens” (Francisco, Homilia, 11 de abril de 2020.). Junto de Maria, Mãe da esperança, voltará a crescer a nossa fé nos méritos de seu filho Jesus.
Fonte:
https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-sabado-santo/
[...] No entanto, “no silêncio que envolve o Sábado Santo, embargados pelo amor ilimitado de Deus, vivemos à espera do alvorecer do terceiro dia, o alvorecer do triunfo do amor de Deus, o surgimento da luz que permite aos olhos do coração ver de modo novo a vida, as dificuldades, o sofrimento. A esperança ilumina os nossos fracassos, nossas desilusões, nossas amarguras, que parecem marcar o desmoronamento de tudo”.
Bento XVI, Palavras no fim da Via Sacra, 2-IV-2010.
[...] Por outro lado, o Sábado Santo não pode ter sido para a Virgem um dia triste, embora doloroso. A fé, a esperança, e o amor mais terno por seu divino filho dar-lhe-iam paz, fá-la-iam aguardar a ressurreição com uma ânsia serena. Recordaria, entretanto, as últimas palavras de Jesus: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19,26); começaria já a exercer a sua maternidade sobre aqueles homens e aquelas mulheres que haviam seguido Cristo desde os primeiros tempos.
[...] Queremos apoiar a nossa fé na dela: sobretudo quando as coisas custam, quando chegam dificuldades e momentos de escuridão. São Bernardo havia-o experimentado bem: “Quando se levantam os ventos das tentações, quando tropeças nos escolhos das tribulações, olha a Estrela, chama a Maria” (São Bernardo, Homiliae super “Missus est”, 2, 17). Deus quer que ela seja para nós advogada, mãe, caminho seguro para encontrar outra vez a luz nos momentos de escuridão.
Quem recorre à poderosa intercessão de Santa Maria sabe que nunca se ouviu dizer que alguém que tenha confiado em Nossa Senhora tenha ficado desamparado, por mais que o momento fosse duro e grande a confusão da alma. Podemos dizer a Jesus: “Apesar da tristeza que possamos albergar, sentiremos que devemos esperar, porque contigo a cruz floresce em ressurreição, porque tu estás conosco na escuridão de nossas noites, és certeza em nossas incertezas, palavras em nossos silêncios e nada poderá roubar jamais o amor que nos tens” (Francisco, Homilia, 11 de abril de 2020.). Junto de Maria, Mãe da esperança, voltará a crescer a nossa fé nos méritos de seu filho Jesus.
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