Bem no meio da floresta, um
lenhador serrava um velho e altivo pinheiro. A cada golpe do machado, a árvore
gigante tremia e praguejava contra o aço duro e frio que lhe despedaçava o
flanco.
Era uma árvore velha muito
resistente. Pouco depois, o lenhador inseriu uma grande cunha de madeira no
corte, para acabar de quebrar o tronco. Desfechou uma martelada na cunha e,
entre grandes rasgões e lascas, o nobre pinheiro tombou, chocando-se
ruidosamente contra o chão. Enquanto caía, gemeu:
- Como posso culpar o machado,
que não é da minha espécie, e não essa cunha malvada, que é minha própria irmã?
DÓI MENOS O ATAQUE DE UM DESCONHECIDO QUE O DE UM
ENTE QUERIDO.
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