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quarta-feira, 31 de maio de 2017

A grandeza da misericórdia de Maria Santíssima





Quando a Santíssima Virgem vivia ainda na terra, já não podia ver algum necessitado sem socorrê-lo. Quanto mais misericordiosa não será agora que está no céu, de onde melhor vê as nossas misérias e nos ama com coração de Mãe! Não nos descuidemos, portanto, de recorrer a uma Mãe tão boa em todas as nossas necessidades e de pôr nela toda a nossa esperança. Mas, ao mesmo tempo, deixemos de lhe amargurar o coração pela nossa tibieza e pelos nossos pecados.
I. Considera que Maria é uma advogada tão piedosa, que não só ajuda ao que a ela recorre, mas ela mesma vai à procura dos miseráveis para os defender e salvar. Eis como ela convida a todos, animando-nos a esperarmos todos os bens, se a ela recorrermos: “Passai-vos a mim todos e enchei-vos dos meus frutos.” – “O demônio”, diz São Pedro, “vai sempre ao redor de nós, buscando quem possa tragar”; mas nossa divina Mãe, acrescenta Bernardino de Bustis, vai sempre ao redor de nós buscando a quem possa salvar: Circuit, quaerens quem salvet. Maria é Mãe de misericórdia porque a piedade que tem de nós faz que de nós se compadeça e procure sempre salvar-nos; assim com uma mãe não pode ver seus filhos em perigo de se perderem e deixar de os ajudar. E quem, depois de Jesus Cristo, pergunta São Germano, interessa-se mais pela nossa salvação do que vós, ó Mãe de misericórdia? – Ela certamente nos ajudará quando a invocarmos e nunca jamais foi alguém por ela desamparado. Isso, porém, não basta a seu Coração piedoso. Como diz Ricardo de São Victor, ela previne as nossas súplicas e procura ajudar-nos antes que nós a invoquemos. Apenas vê alguma miséria, socorre logo e não pode ver algum necessitado sem o ajudar. A Santíssima Virgem assim praticava desde a sua vida terrestre, como sabemos pelo fato sucedido nas bodas de Caná na Galileia. Vindo a faltar o vinho, ela não esperou até ser rogada; mas, compadecendo-se da aflição e do pejo daqueles esposos, pediu ao Filho que os consolasse dizendo: Vinum non habent (1) – “Eles não têm vinho”; e obteve que seu Filho, por um milagre, convertesse a água em vinho. Pois bem, diz São Boaventura, se foi tão grande a piedade de Maria para com todos quando estava ainda em terra, muito maior sem dúvida será a sua piedade para nos socorrer, agora que está no céu, onde conhece melhor as nossas misérias e mais de nós se compadece.
II. Ah! Não nos descuidemos jamais de recorrer à nossa divina Mãe em todas as nossas necessidades, pois que sempre será achada com as mãos repletas de misericórdia; sempre disposta a ajudar ao que a invoque, e tão desejosa de nos fazer bem e de nos ver salvos, que ela mais deseja conceder-nos graças do que nós desejemos recebê-las. São Boaventura chega a dizer que a Bem-aventurada Virgem se julga ofendida não só pelos que a injuriam positivamente, mas também por aqueles que lhe não pedem graças. Recorramos, pois, sempre a esta Mãe de misericórdia e digamos-lhe o que dizia o mesmo Santo: In te, Domina, speravi, non confundar in aeternum – “Em vós, Senhora, esperei, não permitais que eu seja confundido para sempre”. Mas ao mesmo tempo deixemos de lhe amargurar o Coração pela nossa tibieza e pelos nossos pecados.

Ó Rainha do céu, Maria Santíssima, eu, que era outrora escravo do demônio, consagro-me agora e sempre a vosso serviço e ofereço-me a vós, para vos honrar e servir pelo restante da minha vida. Recebei-me, então para vosso servo, e não me rejeiteis como o merecera. Ó minha Mãe, em vós hei posto todas as minhas esperanças. Eu bendigo e agradeço a Deus, que por sua misericórdia me deu esta confiança em vós. Verdade é que, no passado, caí desgraçadamente no pecado; mas tenho confiança de haver obtido perdão pelos merecimentos de Jesus e vossas orações. Entretanto, isto não basta, ó minha Mãe; um pensamento me aflige: posso de novo perder a graça de Deus. Os perigos são contínuos, os inimigos não dormem, novas tentações virão assaltar-me. Ah! Soberana minha, protegei-me, socorrei-me nos assaltos do inferno, e não permitais me aconteça ainda no futuro cometer pecado e ofender a vosso divino Filho Jesus. Não, não perca eu de novo a minha alma, o paraíso e Deus. Peço-vos esta graça, ó Maria, não me a recuseis, antes alcançai-m’a pela vossa intercessão. Assim espero.
(Por Santo Afonso Maria de Ligório) 

Tempera tua ciência com amor


Tempera tua ciência com amor e tua ciência será útil. Não por si mesma, mas pelo amor.
(Santo Agostinho)

Só existe um caminho - Jesus Cristo


Só existe um caminho - Jesus Cristo. Quem anda por ele não se perde, não se confunde, não se preocupa. Sabe onde está e para onde vai.

32º DIA – QUARTA-FEIRA


CRISTO disse: “Em verdade vos digo: se tiverdes fé, como um grão de mostarda, direis a esta montanha: Transporta-te daqui para lá, e ela irá; e nada vos será impossível.” (Mt 17,20) “Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá.” (Lc 17,6). A Bíblia fala da FÉ de modo absoluto, real e verdadeiro. A FÉ não é uma ilusão, nem uma metáfora. Ela é um fato absoluto! A FÉ é uma potência mental e espiritual que leva uma pessoa a dominar o corpo, o espaço, a matéria. Agora, converse com JESUS e peça a ELE que o ajude a ter mais FÉ e ELE o atenderá! “Imediatamente exclamou o pai do menino: Creio! Vem em socorro à minha falta de fé!” (Mc 9,24). “Os apóstolos disseram ao Senhor: Aumenta-nos a fé!” (Lc 17,5) Diga-lhe: Eu creio, SENHOR, mas aumenta a minha FÉ!

terça-feira, 30 de maio de 2017

Jardim de Deus




"Percebi que a Bíblia Sagrada é um livro construído em torno de um jardim. Deus se cansou da imensidão dos céus e sonhou... Sonhou com um... jardim. Se ele – ou ela – estivesse feliz lá no céu, ele ou ela não teria se dado ao trabalho de plantar um jardim. A gente só cria quando aquilo que se tem não corresponde ao sonho. Todo ato de criação tem por objetivo realizar um sonho. E quando o sonho se realiza, vem a experiência de alegria. Nos textos de Gênesis está dito que, ao término do seu trabalho, Deus viu que tudo “era muito bom.” O mais alto sonho de Deus é um jardim. Essa é a razão porque no Paraíso não havia templos e altares. Para quê? “Deus andava pelo meio do jardim...” Gostaria de saber quem foi a pessoa que teve a ideia de que Deus mora dentro de quatro paredes! Uma coisa eu garanto: não foi ideia dele. Seria bonito se as religiões, ao invés de gastar dinheiro construindo templos e catedrais, usassem esse mesmo dinheiro para fazer jardins onde, evidentemente, crianças, adultos e velhos poderiam balançar e tocar os pés nas folhas das árvores. Ninguém jamais viu a Deus. Um jardim é o seu rosto sorridente... E se vocês lerem as visões dos profetas, verão que o Messias é jardineiro: vai plantar de novo o Paraíso: nascerão regatos nos desertos, nos lugares ermos crescerão a murta (perfumada!), as oliveiras, as videiras, as figueiras, os pés de romã, as palmeiras... E lá, à sombra das árvores, acontecerá o amor... Leia o livro dos “Cânticos dos Cânticos“!
Pensei, então, que o ato de plantar uma árvore é um anúncio de esperança. Especialmente se for uma árvore de crescimento lento. E isso porque, sendo lento o seu crescimento, eu a plantarei sabendo que nem vou comer dos seus frutos e nem vou me assentar à sua sombra.... Eu a plantarei pensando naqueles que comerão dos seus frutos e se assentarão à sua sombra. E isso bastará para me trazer felicidade!"
(Rubem Alves)