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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Uma oração para dar graças a Deus pela vida



Houve um tempo em que eu não existia, e tu me criaste.
Eu não pedi nada, e tu me fizeste.
Eu ainda não tinha saído à luz, e tu me viste.
Eu não tinha aparecido, e tu compadeceste de mim.
Ainda não tinha te invocado, e te ocupaste de mim.
Não tinha feito nenhum sinal com a mão, e me viste.
Não tinha articulado nenhum som, e me compreendeste.
Ainda não tinha suspirado, e já me escutaste.
Mesmo sabendo o que eu ia ser, não me depreciaste.

Tendo considerado, com seu olhar precavido,
as faltas que eu cometo por ser pecador,
me modelaste.
E, agora que me criaste,
que me salvaste
e que me curaste a ferida do pecado
não me percas para sempre!

Atada, paralisada e
encurvada como uma mulher que sofre,
minha miserável alma fica impotente para endereçar-se a ti.
Sob o peso do pecado, olha para o chão.
Inclina-te até mim, tu, Misericordioso,
até essa pobre árvore pensante que caiu.
Faz-me florescer novamente
em beleza e esplendor
segundo as palavras divinas do santo profeta.

A ti, Protetor,
peço que deixes sobre mim um olhar
surgido da solicitude teu amor indizível…
e do nada criarás em mim a mesma luz.

(Por Gregori de Narek, monge e poeta armênio - Oração originalmente publicado por Oleada Joven)

O amor é como a mão da alma


O amor é como a mão da alma. Enquanto segura uma coisa não pode pegar outra. Por isso, quem ama o mundo não pode amar a Deus. Está com a mão ocupada.

(Santo Agostinho)

Não vejas em ti senão o servo de todos


Não vejas em ti senão o servo de todos, e em todos contempla Cristo, nosso Senhor; assim O respeitarás e O venerarás.

(Santa Teresa de Ávila)

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Pai, se possível, ouça a minha oração



Perdi as contas de quantas vezes eu comecei as minhas orações com essa frase. Não é repetição, pois após ela ser dita, só me lembro de lágrimas escorrendo por meus olhos. Lágrimas que queimavam minha face, me tornavam mais vulnerável, mais dependente.
São nesses momentos que eu me encontro com Deus e Ele entende perfeitamente como estou, e mesmo sem dizer uma única palavra, Ele compreende todos os meus sentimentos.
Às vezes, esquecemos que Deus não quer muito de nós, pois bem sabe das nossas fragilidades, nossas fraquezas, nossos medos, nossas angústias e aflições. O Senhor, está perto daqueles que têm o coração quebrantado (Salmos 34.18), aqueles que quebram todas as barreiras, e O Adoram.
“Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei, coisas grandes e firmes que não sabes” (Jeremias 33.3), esse é o segredo da minha oração, esse é o segredo de nossas orações, sermos sinceros diante de Deus. Não importa a forma que você chega à presença do Senhor e, sim, a forma que sairá.
Jesus nunca despedia ninguém vazio e não fará diferente agora, pelo contrário, fará infinitamente mais o que podemos pedir ou pensar. Ele acalma a nossa alma e nos acalenta como filhos amados, que necessitam do Seu amor e misericórdia.



Há muitos que, aferrados às suas ideias e mais prontos para ensinar do que para aprender o que ainda não compreenderam, naufragaram na fé (1Tm 1,19).

(São Leão Magno)

O amor é a cura


Nós podemos curar as doenças físicas com a medicina, mas a única cura para a solidão, para o desespero e para a desesperança é o amor.

(Santa Madre Teresa de Calcutá)

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Não sacia a fome quem lambe pão pintado



“Quando se educa alguém ou se é educado por alguém, é preciso cautela para não nos contentarmos com as aparências, isto é, com a superficialidade. Vivemos hoje num mundo marcado pela velocidade em várias situações e, em outras, por uma mera pressa. Uma vida apressada nos leva em vários momentos a ter formações apressadas, reflexões apressadas, ideias apressadas, e isso carrega um nível de superficialidade muito grande.
Há várias pessoas que se contentam com as aparências. Aparência em relação à própria imagem e aparência com relação àquilo que ostentam – a ostentação da propriedade, a consumolatria, o desespero para ser proprietário de coisas, de exibi-las, de viver algo que aparenta, mas que, de fato, não se é.
O pensador do século V, Agostinho – muitos o chamam de Santo Agostinho, um dos maiores filósofos e teólogos da história -, proferiu a seguinte frase: “Não sacia a fome quem lambe pão pintado”. Para se matar a fome não basta lamber a figura de um pão, é preciso ir até ele.
E quantos hoje não se contentam com um mundo superficial em que se procura saciedade a partir daquilo que é mera imagem, mera representação, apenas uma simulação do que seria a realidade?
A educação tem que nos tirar dessa superficialidade.”

Texto de Mario Sergio Cortella

Em tempos de tristeza e de inquietação


Em tempos de tristeza e de inquietação, não abandones nem as obras de oração, nem a penitência a que estás habituado. Antes, intensifica-as e verás com que prontidão o Senhor te sustentará.

(Santa Teresa de Ávila)

Os indelicados


Os indelicados são mestres em solicitar delicadeza.

(Pe. Fábio de Melo)

domingo, 28 de outubro de 2018

Prece pelo Brasil



Senhor, sacia a fome de quem não tem pão, mata a sede de quem sofre injustiça. Ensina-nos a acolher a criança de rua, o desempregado, o migrante sem lar e o aflito. Inquieta o acomodado. Abranda a ira do revoltoso. Converte o pecador. Sejas tu a ponte entre o rico e o pobre, a direita e a esquerda, para que nosso país se torne terra de pessoas livres, respeitadas e que respeitam os outros, na família e no trabalho, e na construção de uma nova ordem social.
Nós te pedimos, Senhor, pelos que nos governam. Ilumina-nos para que possamos escolher homens e mulheres honestos, competentes, dedicados ao bem comum.
A bênção de Deus nos ajude a assumir o compromisso de um Brasil diferente, justo e solidário. Conservemos unidas nossas mãos. Mãos em prece. Mãos de todos os brasileiros, representados na praça dos Três Poderes.
Colocamos, Senhor, em tuas mãos o Brasil que a gente quer.

Dom Luciano Mendes de Almeida

(Do livro “O Poder da Oração – Rezar com o Espírito Santo” - Editora Santuário)

Oração a São Miguel Arcanjo para alcançar libertação



Glorioso São Miguel Arcanjo,
poderoso vencedor das batalhas espirituais,
vinde em auxílio das minhas necessidades
espirituais e temporais.
Afugentai de minha presença todo mal
e todo ataque e ciladas do inimigo.
Com sua poderosa espada de luz,
derrotai toas as forças malignas
e iluminai meus caminhos
com a luz de tua proteção.
Arcanjo Miguel,
do mal: libertai-me;
do inimigo: livrai-me;
das tempestades: socorrei-me;
dos perigos: protegei-me;
das perseguições: salvai-me!
Glorioso São Miguel Arcanjo,
pelo poder celeste a vós conferido,
sê para mim o guerreiro valente
e conduzi-me nos caminhos da paz.
Amém!


“Amai-vos como Eu vos amei”


Eu rezo para vocês entenderem as palavras de Jesus: “Amai-vos como Eu vos amei”. Perguntem a si mesmos: “Como foi que Ele me amou? Será que eu realmente amo os outros da mesma forma?”. Sem esse amor, nós podemos nos matar de trabalhar, mas isso vai ser só trabalho, não amor. Trabalho sem amor é escravidão.

(Santa Madre Teresa de Calcutá)

A recitação do Rosário


A recitação do Rosário requer um ritmo tranquilo e certa demora a pensar, que favoreçam, naquele que ora, a meditação dos mistérios da vida do Senhor, vistos através do Coração d’Aquela que mais de perto esteve em contato com o mesmo Senhor.

(Beato Paulo VI)

sábado, 27 de outubro de 2018

Dia Mundial de Oração pela Paz



(Neste 27 de outubro, somos todos convidados a rezar pela paz.)
[...]

“É possível percorrer o caminho da paz? Podemos sair desta espiral de dor e de morte? Podemos aprender de novo a caminhar e percorrer o caminho da paz? Invocando a ajuda de Deus, sob o olhar materno da Salus Populi romani, Rainha da paz, quero responder: Sim, é possível para todos! Esta noite queria que de todos os cantos da terra gritássemos: Sim, é possível para todos! E mais ainda, queria que cada um de nós, desde o menor até o maior, inclusive aqueles que estão chamados a governar as nações, respondesse: – Sim queremos! A minha fé cristã me leva a olhar para a Cruz. Como eu queria que, por um momento, todos os homens e mulheres de boa vontade olhassem para a Cruz! Na cruz podemos ver a resposta de Deus: ali à violência não se respondeu com violência, à morte não se respondeu com a linguagem da morte. No silêncio da Cruz se cala o fragor das armas e fala a linguagem da reconciliação, do perdão, do diálogo, da paz. Queria pedir ao Senhor, nesta noite, que nós cristãos e os irmãos de outras religiões, todos os homens e mulheres de boa vontade gritassem com força: a violência e a guerra nunca são o caminho da paz! Que cada um olhe dentro da própria consciência e escute a palavra que diz: sai dos teus interesses que atrofiam o teu coração, supera a indiferença para com o outro que torna o teu coração insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te ao diálogo, à reconciliação: olha a dor do teu irmão – penso nas crianças: somente nelas… olha a dor do teu irmão, e não acrescentes mais dor, segura a tua mão, reconstrói a harmonia perdida; e isso não com o confronto, mas com o encontro! Que acabe o barulho das armas! A guerra sempre significa o fracasso da paz, é sempre uma derrota para a humanidade. Ressoem mais uma vez as palavras de Paulo VI: «Nunca mais uns contra os outros, não mais, nunca mais… Nunca mais a guerra, nunca mais a guerra! (Discurso às Nações Unidas, 4 de outubro de 1965). «A paz se afirma somente com a paz; e a paz não separada dos deveres da justiça, mas alimentada pelo próprio sacrifício, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade» (Mensagem para o Dia Mundial da Paz, de 1976).

Papa Francisco


A novena das 11 palavras



Eu peço a Deus tudo aquilo de que preciso. Muito. Às vezes, parece que isso é constante e eu vivo dizendo, de manhã até a noite: “Senhor, por favor me dê isso” ou “eu preciso disso”. Frequentemente, as minhas necessidades também se espalham para as conversas com amigos. Sempre peço que orem em meu nome por diversas intenções.
Embora eu tente não deixar minhas necessidades serem o foco exclusivo da minha oração, isso é quase inevitável. Tanto que, às vezes, eu me pergunto se eu não estaria sendo muito carente.
E chego à seguinte conclusão: todos somos carentes; isso é parte da condição humana. Porém, embora nossa necessidade nos torne um pouco vulneráveis e fracos, Deus vê isso de forma diferente. Ele conhece nossas necessidades. E elas o glorificam, dando-lhe a oportunidade de nos dominar com sua bondade e piedade.
Dolindo Ruotolo, um frade capuchinho que viveu de 1882 a 1970, compreendeu profundamente a relação entre nossa necessidade e a bondade de Deus.
Ordenado aos 23 anos, Dolindo passou a vida em oração, sacrifício e serviço. Ele ouviu confissão, deu orientação espiritual e cuidou dos necessitados. [...]
O frade tornou-se conhecido por sua espiritualidade de rendição. Bem consciente da fraqueza e da necessidade humanas, Dolindo viu isso como uma forma de promover uma união contínua com Deus.
Ao nos convidar a levar continuamente nossas preocupações e preocupações ao Senhor, ele nos ensina que o foco de nossas orações não deve permanecer em nossas necessidades. Ele nos encoraja a levar nossas necessidades a Deus, deixando-o livre para cuidar de nós em sua sabedoria. Dolindo nos diz que o Senhor prometeu assumir plenamente todas as necessidades que confiamos a ele. Nas palavras de Jesus a Dolindo:
“Por que você se confunde com a sua preocupação? Deixe o cuidado de seus assuntos para mim e tudo ficará em paz. Digo-lhe, na verdade, que todos os atos de entrega verdadeira, cega e completa produzem o efeito que você deseja e resolvem todas as situações difíceis. (…)
Mil orações não são iguais a um ato de abandono; nunca esqueça isso. Não há melhor novena do que esta: Ó JESUS, EU ME ABANDONO AO SENHOR. JESUS, ASSUMA O CONTROLE.”


A qualidade da vida espiritual


A qualidade da vida espiritual não depende da repetição ritual, mas da transformação que o rito realiza no caráter.

(Pe. Fábio de Melo)

Ouse amá-lo


Que o homem, alegrando-se em ser amado por Aquele que teme, ouse amá-lo também e tema desagradar o seu amor, ainda que pudesse fazê-lo impunemente.

(Santo Agostinho)

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Tornar-se mais misericordioso



Este rápido exercício irá ajudá-lo(a) a se tornar mais misericordioso(a)
(Tudo o que você precisa é de uma foto sua de quando você era bebê, ou de uma boa memória)

Nós somos mais propensos a perdoar os outros se pudermos perdoar a nós mesmos primeiro. Somos mais propensos a ser gentis com os outros se soubermos ser gentis conosco. Então, como podemos demonstrar misericórdia para nós mesmos, aceitar nossas limitações e nos perdoar?
Aqui está um exercício que você pode fazer hoje, agora. Isso cultiva misericórdia para si mesmo, para que você possa levar isso adiante para os outros. Era algo que costumava fazer regularmente com minhas aulas de inglês de primeiro ano da escola secundária.
Encontre uma foto sua de quando você era um bebê (se você não tem uma, imagine-se como um bebê) e observe-a atentamente. Olhe suas bochechas, seus olhos, suas mãos. Observe o quão adorável você era, quão pequenino(a) você era. Agora imagine que você foi colocado em uma cesta com uma mensagem: Por favor, cuide desta criança.
Em seguida, imagine-se como você é agora – um homem ou uma mulher adulta. Imagine-se abrindo a porta da sua casa atual e encontrando a cesta com este mesmo bebê dentro. Isso mesmo: você abre a porta para você mesmo como um bebê. O bebê está chorando e tremendo. O que você faz em seguida?
Imagine como você pode levantar a criança da cesta e abraçá-la, sussurrando palavras de consolo. Você pode alimentá-la, então beijar sua bochecha macia, acariciando os cabelos soltos. Você pode balançá-la carinhosamente e cantar até o pequenino corpo relaxar e os olhos fecharem, acalmando-se. Você faria tudo isso por aquela preciosa criança. E essa criança é justamente você.
Mantenha sua fotografia de quando você era bebê em algum lugar proeminente em sua casa nas próximas semanas, em algum lugar onde você irá encontrá-la novamente todos os dias, de preferência em algum lugar que você prepara seu dia. Pode ser a cabeceira da cama, então você pode vê-la já quando acorda. Talvez você possa colocá-la em seu banheiro e olhar esse rosto precioso enquanto prepara seu próprio rosto mais velho, mas ainda precioso. Talvez você possa manter a foto em seu carro, onde você a verá antes de partir para o trabalho, ou em uma bolsa ou carteira para surpreendê-lo no dia a dia ocupado.
Pergunte a si mesmo (e isso é algo que você deve fazer um diário): O que eu quero para essa criança? Quais são as minhas esperanças e sonhos para ela/ele? Que tipo de pessoa eu rezo para que esta criança seja? Eu tenho cuidado bem desta criança pequenina, respeitando seus sonhos, sua alegria? Eu a tenho amado com todo o meu coração? E a sua própria face mais velha? Está cansada, mas seus olhos ainda brilham. O que você acha que Deus vê quando Ele olha para você? O que você vê?
Você é chamado a amar a si mesmo com tanta ternura quanto um bebê merece, com misericórdia medidas. Perdoe-se do jeito que você perdoaria aquele bebê por cometer um erro. Veja a inocência, o potencial e a beleza que ainda existem dentro de você.
[...]
Experimente este exercício e você pode encontrar a misericórdia e assim pode praticar a misericórdia com os outros. Olhe para a sua imagem de quando você era pequenino(a). Reflita e escreva diariamente sobre as questões acima. Então, decida o que você quer para aquele filho(a) incomparável de Deus.


A prática do Santo Rosário


A prática do Santo Rosário é verdadeiramente grande, sublime, divina. Foi o Céu que vo-la deu para converter os pecadores mais endurecidos e os hereges mais obstinados.

(São Luis Maria Grignion de Montfort)

Esmolas


São grandes os méritos e a eficácia das esmolas. Sem dúvida, beneficiamos a nossa própria alma cada vez que socorremos por misericórdia a indigência alheia.

(São Leão Magno)

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Frei Galvão


Frei Galvão

Oração à Divina Misericórdia



Ó Deus de grande misericórdia, bondade infinita, eis que hoje a humanidade toda clama do abismo da sua miséria à Vossa misericórdia, à Vossa compaixão, ó Deus, e clama com a potente voz da sua miséria. Ó Deus clemente, não rejeiteis a oração dos exilados desta Terra. Ó Senhor, bondade inconcebível, que conheceis profundamente a nossa miséria e sabeis que, com nossas próprias forças, não temos condições de nos elevar até Vós, por isso Vos suplicamos: adiantai-Vos ao nosso pedido com a Vossa misericórdia, a fim de que possamos cumprir fielmente a Vossa santa vontade durante toda a nossa vida e na hora da morte. Que o poder da Vossa misericórdia nos defenda dos ataques dos inimigos da nossa salvação, para que aguardemos com confiança, como Vossos filhos, a Vossa vinda última, dia que somente Vós conheceis. E esperamos alcançar tudo o que Jesus nos prometeu, apesar de toda a nossa miséria, porque Jesus é a nossa Confiança; pelo Seu Coração misericordioso, como por uma porta aberta, entramos no Céu. Amém!


Quando se ama o Eterno


O amado participa da característica do amante. Por isso, quando se ama o eterno, a alma participa da eternidade.

(Santo Agostinho)

Teus dons


Não digas nunca, de ti mesmo, algo que mereça admiração, quer se trate do conhecimento, da virtude, do nascimento, a não ser para prestar serviço. Mesmo então, que seja com humildade e considerando que esses dons te vêm pelas mãos de Deus.

(Santa Teresa de Ávila)

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Deus me perdoou, mas eu não consigo me perdoar



Muitas vezes pode parecer difícil acreditar na grande misericórdia de Deus. Por um lado, percebemos a nossa grande miséria, nossas fragilidades e nossos pecados. Por outro, está a experiência de que Deus continua apostando por nós, pela nossa conversão, fazendo de tudo para que entremos em nós mesmos e voltemos correndo ao abraço do Pai, como na parábola do filho pródigo.
E se chegamos a aceitar que Deus é realmente tão bom, ainda assim pode resistir em nós a sensação de que somos tão pecadores a ponto de não merecer tanta misericórdia. Em outras palavras, até aceitamos que Deus nos perdoa, mas nós mesmos temos dificuldade de nos perdoar realmente.
Precisamos levar a sério essa experiência, porque ela pode esconder algo prejudicial para nossa saúde espiritual, algo inclusive que pode, em última análise, afastar-nos do amor de Deus. Esse algo é uma espécie de soberba da nossa parte. Não é aquele orgulho ou prepotência com a qual estamos acostumados, daquele que se afirma em suas ideias ou de quem se coloca por cima dos outros achando-se melhor que todos. É uma soberba mais sutil, mas que se olhamos com cuidado, perceberemos que ela realmente tem muito em comum com esse tipo, digamos, mais “comum”.
Nós a reconhecemos da seguinte maneira: quando falamos que embora Deus nos perdoe, nós não somos capazes de nos perdoar, estamos, no fundo, falando que o nosso pecado é mais forte que o amor de Deus. Tiramos do Senhor a sua onipotência e nos colocamos como mais fortes que Ele mesmo. E isso simplesmente não é verdade. Por mais que possamos optar pelo mal e causar danos reais, nunca chegaremos à altura do poder do amor misericordioso do Senhor. Por isso podemos, e de certa maneira devemos, aceitar que por pior que seja o mal cometido, maior ainda é o perdão de Deus. São Paulo disse que onde abundou o pecado, sobreabundou a Graça. Do pior dos males, Deus pode tirar o melhor dos bens.
Quando falamos que embora Deus nos perdoe, nós não somos capazes de nos perdoar, estamos, no fundo, falando que o nosso pecado é mais forte que o amor de Deus.
Frágeis como somos, desde o pecado original, tendemos a desconfiar de Deus. Não só de sua bondade, da sua onipotência ou de sua existência, mas também da sua misericórdia. E quando duvidamos da misericórdia, de sua capacidade de perdoar, o único caminho é o desespero. Tirando Deus do centro da realidade e colocando-nos em seu lugar, perceberemos que não temos a força necessária para perdoar tantas atrocidades que cometem os homens e que cometemos cada um de nós em particular.
É uma experiência difícil essa de não conseguir se perdoar porque ela mistura essa soberba sutil com algo de verdadeiro.
A parcela de verdade é que nós realmente somos incapazes de perdoar nossos pecados. Lembremos daquela passagem que Jesus questiona os fariseus ao perdoar pecados: “Quem é este homem que blasfema contra Deus desta maneira? Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder” (Lc 5,18-26). Mas isso não pode desesperar-nos, justamente porque Deus saiu ao nosso encontro para perdoar todos os verdadeiros pecados que cometemos.
São João Maria Vianney, sacerdote francês, passava horas e horas no confessionário, levando essa misericórdia infinita de Deus aos fiéis, e falava: O Bom Deus sabe tudo. Ainda antes que vos confesseis, já sabe que voltareis a pecar e, contudo, perdoa-vos. Como é grande o Amor do nosso Deus, que chega a esquecer voluntariamente o futuro, para nos perdoar. Precisamos renovar sempre a nossa esperança e a nossa confiança nesse amor perseverante de Deus. Se essa confiança começa a fraquejar, todo o resto do edifício da vida cristã não tardará em cair também.
Quando estamos com dificuldade de nos perdoar, perguntemo-nos justamente por essa confiança em Deus, em sua misericórdia infinita. A saída parece ser deixar de olhar para as nossas fragilidades e fraquezas, porque nelas não encontraremos forças para o perdão, e voltar o olhar ao Senhor, pedir que Ele mesmo renove em nós a certeza do poder de sua misericórdia. Não corramos o risco de colocar-nos acima de Deus, de confiar mais no poder dos nossos pecados que no poder do Amor de Deus.


Ele se fez filho do homem


Ele se fez filho do homem para que pudéssemos ser filhos de Deus.

(São Leão Magno)

Muitas vezes...


Muitas vezes, uma só palavra, um olhar, um gesto rápido, e as trevas enchem o coração da pessoa que amamos.

(Santa Madre Teresa de Calcutá)

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Ato de abandono à Divina Providência



"Quero tudo, aceito tudo, tudo Vos ofereço"

“Meu Deus, eu desconheço o que me poderá acontecer neste dia. Sei, porém que tudo o que me acontecer Vós o haveis disposto, previsto para o meu maior bem. Basta-me sabê-lo, ó meu Deus, para sossego e tranquilidade do meu coração.
Sei que tudo estará em conformidade com a vossa vontade e o Amor infinito que me consagrais como Pai, o mais amável e amigo, o mais fiel. Sou qual frágil criança, que nada posso nem na ordem da natureza, nem na graça e nem sequer posso ter um bom pensamento em Vós.
Entrego-me totalmente ao vosso paternal amor, sabendo que, assim como a mãe conduz, só para o bem, o filho que leva nos braços, assim Vós e melhor do que ela, só podereis dar-me o que for melhor para minha felicidade, santificação e salvação. Abandono-me inteiramente aos vossos santos, impenetráveis e eternos desígnios, e a eles me submeto de todo o coração.
Quero tudo, aceito tudo, tudo Vos ofereço, unindo-me ao sacrifício do Vosso querido Filho Unigênito e meu Salvador. Em nome de Jesus Cristo, pelo seu Santíssimo Coração e pelos seus merecimentos infinitos, peço-Vos a paciência nos sofrimentos e a perfeita conformidade com Vossa vontade por tudo o que Vós quiserdes e permitirdes. Amém!”


Dirige a Deus cada um dos teus atos


Dirige a Deus cada um dos teus atos; oferece-os e pede-Lhe que seja para Sua honra e glória.

(Santa Teresa de Ávila)

Não espere chegar


Não espere chegar. O local da festa é onde podemos estar.

(Pe. Fábio de Melo)

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Aquiete o seu coração porque no Senhor há descanso




Não deixe que as inquietações do tempo presente tirem seu foco do que é realmente importante

Você já percebeu que, quando ficamos inquietos por alguma coisa, não conseguimos pensar em mais nada? Pois é, deixamos aquela preocupação tomar conta do que somos, e por incrível que pareça, ela se alastra, tomando conta do nosso tempo. Tempo que perdemos ao qual poderíamos estar nos dedicando às coisas de Deus.
Em Filipenses, Paulo escreveu claramente: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças”, ele está dizendo que não devemos deixar as inquietações do tempo presente nos tirar do foco, porque tudo que nos tira do foco nos afasta da presença de Deus, e tudo que se torna mais importante que Deus é idolatria.
Paulo nos aconselha a tornar tudo conhecido pelo Senhor através de nossas orações. Pois, quando deixamos Deus a par de tudo que está acontecendo – mesmo que Ele já saiba, sempre prefere ouvir de nós, para assim agir–, nosso coração encontra descanso, e nossa alma, antes aflita e preocupada, passa a descansar no Senhor.
É assim que demonstramos nossa fé e confiança nAquele que pode fazer o que o homem não faz, e faz infinitamente mais do que possamos pedir a Ele.

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” (Mateus 6,34)


Ver e adorar a presença de Jesus


Buscar a face de Deus em tudo, em todos, o tempo todo, e a mão dele em tudo o que acontece; é isso o que significa ser contemplativo no coração do mundo. Ver e adorar a presença de Jesus, especialmente na aparência humilde do pão e no angustiante disfarce de pobre.

(Santa Madre Teresa de Calcutá)

Enquanto o Rosário for rezado


Pelo Rosário, podemos tudo alcançar. Segundo uma bela comparação, é uma longa cadeia que liga o céu e a terra: uma das extremidades está entre as nossas mãos e a outra nas da Santíssima Virgem. Enquanto o Rosário for rezado, Deus não poderá abandonar o mundo, pois essa oração é poderosa em seu coração.

(Santa Teresinha do Menino Jesus)

domingo, 21 de outubro de 2018

Consagre-se a Nossa Senhora Aparecida



Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil.
Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-me, o Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte.
Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade.
Assim seja!

(Papa Francisco – via A12)

Crer em Deus


Eu acredito na proteção divina, mas olho para os dois lados antes de atravessar a rua. Crer em Deus não significa abrir mão do bom senso.

(Pe. Fábio de Melo)