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domingo, 31 de março de 2024

A fábula das três árvores

 


Havia, no alto de uma montanha, três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.
A primeira, olhando as estrelas, disse: “Eu quero ser cortada e que minhas tábuas se transformem no baú mais precioso do mundo, cheio de riquezas e tesouros".
A segunda olhou para um riacho que passava por ali e suspirou: “Eu quero ser transformada num navio para transportar reis e rainhas”.
A terceira árvore olhou para o grande vale que estava diante dela e disse: “Quero ficar em destaque no alto de uma montanha, de tal forma que as pessoas ao olharem pra mim, levantem seus olhos e pensem em Deus”.
Muitos anos se passaram e certo dia vieram lenhadores que cortaram as três árvores. Todas estavam ansiosas em serem transformadas naquilo que sonhavam. Mas, lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos!... Que pena!
A primeira árvore acabou sendo transformada num coxo de animais, coberto de feno.
A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando rudes pescadores todos os dias.
E a terceira, que sonhava ficar em destaque no alto de uma montanha, acabou sendo cortada em grossas vigas e colocada de lado num depósito.
E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes: "Para que isso?"
Mas, numa certa noite, cheia de luz e estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido naquele coxo de animais.
E, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior e mais valioso tesouro do mundo (Lc 2:7).
A segunda árvore, anos mais tarde, transportou um homem que acabou dormindo no barquinho, mas quando uma terrível tempestade veio sobre o mar e estava a afundar o pequeno barco, o homem se levantou e com autoridade ordenou ao vento e ao mar: “Aquieta-te!”, e surpreendentemente fez-se grande bonança. E a segunda árvore entendeu que estava carregando o maior e mais poderoso Rei dos Céus e da Terra (Lc 8,22-25).
Tempos mais tarde, a terceira árvore espantou-se quando foi retirada do depósito e suas vigas foram unidas em forma de cruz, e um humilde nazareno foi pregado nela. Ela sentiu-se horrível e cruel, mas, no terceiro dia, o que fora crucificado nela, ressuscitou dentre os mortos, e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado o Redentor da humanidade, e todos os que para ela olhassem se lembrariam daquele glorioso Salvador do mundo (Lc 23:33 e 24:1-9).
 
MORAL DA HISTÓRIA:
É interessante pensar que cada uma das árvores teve o que desejava, mas não da forma que sonhavam, suas realizações foram mil vezes melhores e mais sábias do que haviam imaginado.
Nós também, à semelhança das três árvores, não sabemos dos planos que Deus tem reservado para nós. Temos os nossos sonhos e nossos planos que, por vezes, não coincidem com os planos que Deus tem para nós; e, quase sempre, somos surpreendidos com a sua generosidade e misericórdia.
Quando as coisas não parecem estar acontecendo da maneira que gostamos ou esperamos, precisamos ter em mente que Deus tem planos maiores para a nossa vida. Nem sempre os caminhos traçados por Deus para nós são aqueles que nós almejamos, mas podemos ter certeza de que eles são os melhores! É importante compreendermos que tudo vem de Deus e crermos que podemos esperar Nele, pois Ele sabe muito bem o que é melhor para cada um de nós.
 
Que nesta Páscoa, não seja apenas uma lembrança do passado, mas um verdadeiro nascimento de Jesus em seu coração, que Ele possa nascer em cada dia do ano, a cada ato, cada oração e que se instale no seu coração para sempre.
Uma feliz e verdadeira Páscoa e muitas felicidades.

(D.a.)

Salmo 91,8-9

 


“Ainda que floresçam os ímpios como a relva, e floresçam os que praticam a maldade, eles estão à perda eterna destinados.”

Sl 91,8-9


Domingo de Páscoa

 


“No primeiro dia da semana, bem cedo, as mulheres foram ao sepulcro, levando os aromas que tinham preparado. Acharam removida a pedra que fechava o sepulcro. Entrando, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Enquanto estavam perplexas diante disto, apareceram diante delas dois homens com vestes resplandecentes. Cheias de medo, curvaram o rosto para o chão. Eles, porém, lhes disseram: ‘Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galileia’.”
Lucas 24,1-6
 
“É o momento de renovar-se, meus filhos – dizia São Josemaria – santidade é isso: cada dia renascer, cada dia recomeçar. Não se preocupem com os seus erros, se vocês têm a boa vontade de começar de novo (...). Esses obstáculos que surgem no seu caminho, coloque-os aos pés de Jesus Cristo, para que Ele fique bem alto, para que triunfe: e você, com Ele. Não se preocupe nunca, retifique, volte a começar, tente uma e outra, que no fim, se você não puder, o Senhor o ajudará a saltar o parapeito, o parapeito da santidade. Este é também um modo de se renovar, é um modo de vencer-se: cada dia uma ressurreição, que seja a certeza de que chegaremos ao fim do nosso caminho, que é o amor.” (São Josemaria, Meditação, 29/03/1959)
 
[...] Para nós, mais de dois mil anos depois dos acontecimentos que contemplamos, a Sexta-Feira Santa e a Ressurreição de Jesus continuam a dar força e sentido às nossas vidas. Por isso, “todas as coisas da terra têm a importância que queiramos dar-lhes. Tudo o que acontecer aqui embaixo, se estamos impregnados de Deus, não nos perturbará. Quando, por causa da nossa fraqueza e dos nossos erros, damos importância a essas minúcias e sofremos, é porque queremos. Junto do Senhor, estamos seguros. Unidos à Cruz de Cristo, à glória da Ressurreição e ao fogo de Pentecostes, tudo se supera” (São Josemaria, Meditação, 29/03/1959).
 
Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-domingo-de-pascoa/

sábado, 30 de março de 2024

Esperança no Deus do Amor

 


“Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia! Com efeito, à medida que em nós crescem os sofrimentos de Cristo, crescem também por Cristo as nossas consolações” (II Coríntios 1, 3-5).
 
“Sei que verei os benefícios do Senhor na terra dos vivos! Espera no Senhor e sê forte! Fortifique-se o teu coração e espera no Senhor!” (Salmos 26, 13-14)

Salmo 90,10-11

 


“Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda, porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos.”

Sl 90,10-11


Sábado Santo

 


O SÁBADO SANTO pode ser para nós “o dia do Tríduo pascal que mais descuidemos, ansiosos por passar da cruz da sexta-feira à aleluia do domingo” (Francisco, Homilia, 11 de abril de 2020). Para que isto não nos aconteça, podemos prestar atenção nas mulheres que acompanharam a Virgem Maria o tempo todo. “Para elas, como para nós, era a hora mais obscura. Naquela situação, porém, as mulheres não ficaram paralisadas, não cederam às forças obscuras dos lamentos e do remorso, não se fecharam no pessimismo, não fugiram da realidade. Fizeram algo simples e extraordinário: prepararam em suas casas os aromas para o corpo de Jesus. (...) Sem consciência disso, essas mulheres estavam preparando na escuridão daquele sábado o amanhecer do ‘primeiro dia da semana’, o dia que mudaria a história” (Francisco, Homilia, 11 de abril de 2020.).
[...] No entanto, “no silêncio que envolve o Sábado Santo, embargados pelo amor ilimitado de Deus, vivemos à espera do alvorecer do terceiro dia, o alvorecer do triunfo do amor de Deus, o surgimento da luz que permite aos olhos do coração ver de modo novo a vida, as dificuldades, o sofrimento. A esperança ilumina os nossos fracassos, nossas desilusões, nossas amarguras, que parecem marcar o desmoronamento de tudo”.
Bento XVI, Palavras no fim da Via Sacra, 2-IV-2010.
[...] Por outro lado, o Sábado Santo não pode ter sido para a Virgem um dia triste, embora doloroso. A fé, a esperança, e o amor mais terno por seu divino filho dar-lhe-iam paz, fá-la-iam aguardar a ressurreição com uma ânsia serena. Recordaria, entretanto, as últimas palavras de Jesus: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19,26); começaria já a exercer a sua maternidade sobre aqueles homens e aquelas mulheres que haviam seguido Cristo desde os primeiros tempos.
[...] Queremos apoiar a nossa fé na dela: sobretudo quando as coisas custam, quando chegam dificuldades e momentos de escuridão. São Bernardo havia-o experimentado bem: “Quando se levantam os ventos das tentações, quando tropeças nos escolhos das tribulações, olha a Estrela, chama a Maria” (São Bernardo, Homiliae super “Missus est”, 2, 17). Deus quer que ela seja para nós advogada, mãe, caminho seguro para encontrar outra vez a luz nos momentos de escuridão.
Quem recorre à poderosa intercessão de Santa Maria sabe que nunca se ouviu dizer que alguém que tenha confiado em Nossa Senhora tenha ficado desamparado, por mais que o momento fosse duro e grande a confusão da alma. Podemos dizer a Jesus: “Apesar da tristeza que possamos albergar, sentiremos que devemos esperar, porque contigo a cruz floresce em ressurreição, porque tu estás conosco na escuridão de nossas noites, és certeza em nossas incertezas, palavras em nossos silêncios e nada poderá roubar jamais o amor que nos tens” (Francisco, Homilia, 11 de abril de 2020.). Junto de Maria, Mãe da esperança, voltará a crescer a nossa fé nos méritos de seu filho Jesus.
 
Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-sabado-santo/

sexta-feira, 29 de março de 2024

Oração a Jesus crucificado

 


Eis-me aqui, ó bom e dulcíssimo Jesus! De joelhos ante a vossa divina presença eu vos peço e suplico, com todo fervor de minha alma, que vos digneis gravar em meu coração os mais vivos sentimentos de fé, de esperança e de caridade, de verdadeiro arrependimento de meus pecados e vontade firmíssima de me emendar, enquanto com sincero afeto e íntima dor de coração considero e medito em vossas cinco chagas, tendo bem presentes aquelas palavras que o Profeta Davi já dizia de Vós, ó bom Jesus: “Transpassaram minhas mãos e meus pés, e contaram todos os meus ossos.”
 
Fonte: https://pt.aleteia.org/2021/04/02/oracao-a-jesus-crucificado

Salmo 89,17

 


“Que o beneplácito do Senhor, nosso Deus, repouse sobre nós. Favorecei as obras de nossas mãos. Sim, fazei prosperar o trabalho de nossas mãos.”

Sl 89,17


Sexta-feira Santa

 


“MEU DEUS, meu Deus, por que me abandonaste?”
Mt 27,46
 
“Jesus experimentou o abandono total, a situação mais estranha para Ele, a fim de ser em tudo solidário conosco. Fê-lo por mim, por ti, por todos nós; fê-lo para nos dizer: ‘Não temas! Não estás sozinho. Experimentei toda a tua desolação para estar sempre ao teu lado’.”
Francisco, Homilia, 5 de abril de 2020
 
[...] Não há dor que faça Cristo desistir do seu propósito de nos salvar. “Os seus braços pregados abrem-se para cada ser humano e convidam-nos a aproximar-nos d'Ele na certeza de que nos acolhe e nos estreita num abraço de ternura infinita.”
Bento XVI, Palavras no final da Via Sacra, 21 de março de 2008.
 
[...] “Às vezes parece-nos que Deus não responde ao mal, que permanece calado. Na realidade, Deus falou, respondeu, e a sua resposta é a Cruz de Cristo: uma Palavra que é amor, misericórdia, perdão. É também julgamento: Deus julga amando-nos. Lembremo-nos: Deus julga amando-nos. Se acolho o seu amor, estou salvo; se o recuso, estou condenado, não por Ele, mas por mim mesmo, porque Deus não condena, Ele unicamente ama e salva.”
Francisco, Palavras no final da Via Sacra, 29 de março de 2013.
 
Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-sexta-feira-santa/

quinta-feira, 28 de março de 2024

Oração das crianças na Via-Sacra com o Papa

 


A Via-Sacra de 2021 foi dedicada às crianças, que foram as protagonistas nos textos e na presença na Praça São Pedro, junto ao Papa.
Esta foi a oração das crianças, ao início da Via-Sacra:
 
“Querido Jesus! Sabeis que nós, crianças, também temos cruzes, que não são mais leves nem mais pesadas do que as dos grandes, mas são verdadeiras cruzes, que sentimos pesadas mesmo de noite. E só Vós o sabeis, tomando-as a sério. Só Vós. Só Vós sabeis como é difícil para mim aprender a não ter medo do escuro e da solidão. Só Vós sabeis como é difícil não conseguir reter, acordando cada manhã todo molhado. Só Vós sabeis como é difícil não conseguir falar bem como os outros, pensar rápido e fazer as contas certas. Só Vós sabeis como é difícil ver os meus pais discutir, bater a porta com força e estar sem se falar dias a fio. Só Vós sabeis como é difícil ser ridicularizado pelos outros e dar-se conta de ser excluído das festas. Só Vós sabeis o que significa ser pobre e dever renunciar àquilo que os meus amigos têm. Só Vós sabeis como é difícil libertar-me dum segredo que me magoa tanto, não sabendo a quem o contar com medo de ser traído, acusado ou não acreditado. Querido bom Jesus, fostes criança como eu! Também Vós brincáveis e talvez tenhais caído e Vos magoastes; também Vós fostes à escola e talvez alguns deveres de casa não tenham ido muito bem; também Vós tivestes uma mãe e um pai e sabeis que às vezes não tenho muita vontade de obedecer quando me mandam fazer os deveres de casa, levar o lixo, fazer a cama e arrumar o quarto; também Vós fostes à catequese e à oração e sabeis que nem sempre vou com grande alegria. Meu querido e bom Jesus, sobretudo sabeis que há crianças no mundo que não têm que comer, não têm instrução escolar, são exploradas e obrigadas a combater. Ajudai-nos dia a dia a levar as nossas cruzes como levastes a vossa. Ajudai-nos a tornar-nos cada vez melhores: a ser como Vós nos quereis. E agradeço-Vos por saber que estais sempre junto de mim e nunca me abandonais, sobretudo quando estou com mais medo, e por me terdes mandado o meu Anjo da Guarda que todos os dias me protege e ilumina. Amém.”
 
Fonte: https://pt.aleteia.org/2021/04/02/oracao-das-criancas-na-via-sacra-com-o-papa

Salmo 88,16

 


“Feliz o povo que vos sabe louvar: caminha na luz de vossa face, Senhor.”

Sl 88,16


Quinta-feira Santa

 


Na Última Ceia, na iminência da Paixão, a atmosfera era de amor, de intimidade, de recolhimento.
“Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.”
Jo 13,3-5
 
Para os apóstolos deve ter sido muito impressionante ver Jesus realizar este gesto, que estava reservado para o servo da casa. Certamente eles devem tê-lo entendido com o passar do tempo. Ainda hoje, podemos achar surpreendente imaginar Deus nessa posição, limpando com as suas mãos o pó do caminho.
Deixar Cristo lavar os nossos pés implica reconhecer que não somos nós que nos tornamos puros, limpos ou santos. “E isto é difícil de compreender. Se não deixo que o Senhor seja o meu servo, que o Senhor me lave, me faça crescer, me perdoe, não entrarei no Reino dos Céus” (Francisco, Homilia, 9 de abril de 2020.). “Deus salvou-nos, servindo-nos. Geralmente pensamos que somos nós que servimos a Deus. Mas não; foi Ele que nos serviu gratuitamente, porque nos amou primeiro. É difícil amar, sem ser amado; e é ainda mais difícil servir, se não nos deixamos servir por Deus” (Francisco, Homilia, 5 de abril de 2020.). Este é o paradoxo cristão: é Deus quem vai em frente; é Ele quem toma a iniciativa. Por isso é tão importante, antes de empreender qualquer tarefa apostólica, aprender a receber o que Deus quer nos dar, aprender a nos deixar limpar repetidamente por Ele.
NUNCA deixaremos de nos maravilhar com aquele gesto de Jesus lavando os pés dos seus apóstolos, mas o seu amor e humildade atingem maiores alturas, infinitas quando, durante a ceia, “tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória’. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: ‘Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim’” (1 Cor 11,23-25). [...]
 
“Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu a Eucaristia para que pudéssemos tê-lo sempre junto de nós e porque – tanto quanto nos é possível entender –, movido por seu Amor, Ele, que de nada necessita, não quis prescindir de nós. A Trindade enamorou-se do homem.
São Josemaria, É Cristo que passa, n. 84.
 
Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-quinta-feira-santa/

quarta-feira, 27 de março de 2024

Contemplando o Crucifixo

 


“A pressa e a impaciência são inimigas da vida espiritual: Deus é amor, e quem ama não se cansa, não se irrita, não dá ultimatos, mas sabe esperar. Nestes dias, nos fará bem contemplar o Crucifixo para assimilar a sua paciência.
Papa Francisco


Via-Sacra

 


A devoção da Via-Sacra consiste na oração mental de acompanhar o Senhor Jesus em seus sofrimentos conhecidos como a Paixão de Nosso Senhor, desde o Tribunal de Pilatos até o Monte Calvário.
Essa meditação teve origem no tempo das Cruzadas (século X). Os fiéis, que peregrinavam à Terra Santa e visitavam os lugares sagrados da Paixão de Jesus, continuaram recordando os passos da Via Dolorosa de Jerusalém em suas pátrias, unindo essa devoção à Paixão. Apresentamos aqui uma das versões, adaptada pelo Papa João Paulo II.
 
Oremos:
(Alguns momentos de silêncio)
Olhai, Pai Santo, o sangue que jorra do peito trespassado do Salvador; olhai o sangue derramado por tantas vítimas do ódio, da guerra, do terrorismo, e concedei, benigno, que o curso dos acontecimentos no mundo se desenrole segundo a vossa vontade na justiça e na paz, e a vossa Igreja se entregue com serena confiança ao vosso serviço e à libertação do homem.
Por Cristo nosso Senhor
R. Amém.
Ao final de cada estação reza-se: Pai Nosso, Ave Maria e Glória
 
PRIMEIRA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus em agonia no Horto das Oliveiras
Jesus que acalmava as águas agitadas pelo vento, agora não pode dar a paz a Si mesmo. A tempestade é a dúvida que lhe agita a mente e o peito, como agita o espírito de milhões de homens e mulheres ontem, hoje e amanhã, pois a verdadeira paz só virá depois da ressurreição.
 
SEGUNDA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus, atraiçoado por Judas, é preso.
Naquela trágica noite escura do Getsêmani, o Filho de Deus suscita em nós, com as suas palavras e gestos, sentimentos vários e estremecemos com a mesquinhez da traição. A partir da morte de Cristo, floresce a vida nova, memória e anúncio duma esperança que não morre: a salvação universal.
 
TERCEIRA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus é condenado pelo Sinédrio
Deixar a própria identidade e anunciar a sua fé às vezes são atos passíveis de morte. Mas quantos são os que procuram Deus? Quantos O procuram atrás das grades? Quantos na prisão da sua vida, dos seus sofrimentos? Quantos no escarne suportado e na tortura sofrida? Aquela que condena sem provas, acusa sem motivo, julga sem apelo, esmaga o inocente.
 
QUARTA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus é renegado por Pedro
Pedro revela a sua fraqueza. Tinha temerariamente prometido antes morrer. Humilhado, chora e pede perdão a Deus. Grande é a lição de Pedro: até os mais íntimos ofenderão Jesus com o pecado. Mas logo que o olhar de Jesus se cruza com o de Pedro o Apóstolo reconhece o seu triste erro.
 
QUINTA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus é julgado por Pilatos
Sempre encontramos uma justificação para as nossas culpas e os nossos erros. Jesus responde com o silêncio ao ver a hipocrisia e a soberba do poder, a indiferença daqueles que se subtraem às suas responsabilidades.
 
SEXTA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus é flagelado e coroado de espinhos
Verdadeiro homem sofreu dores indescritíveis; contemplando o vosso rosto, conseguimos suportar as nossas dores, na esperança de ser acolhidos no vosso Reino, o verdadeiro e único Reino. O vosso Reino não é deste mundo, mas nós, homens, esperamos favores, poder, sucesso, riquezas: um mundo sem sofrimento.
 
SÉTIMA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus recebe a Cruz aos ombros
Não obstante fosse revestido da glória e do poder que Lhe fora dado pelo Pai, Jesus aceitou uma morte horrível, inglória, antes, vergonhosa. Os poderosos do mundo aliam-se, para cumprir represálias, para atingir as populações pobres e extenuadas. Justifica-se até mesmo o terrorismo em nome da justiça e da defesa dos pobres.
 
OITAVA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus é ajudado por Simão de Cirene a levar a Cruz
Um homem que vinha do campo entrou em Jerusalém para negociar. Lucrou com isso: cinco minutos na história da salvação, uma frase no Evangelho. A cruz é pesada demais para Deus, que se fez homem. Jesus necessita de solidariedade. O homem tem necessidade de solidariedade. Foi-nos dito: Levai os fardos uns dos outros.
 
NONA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
Um lamento fúnebre acompanha a caminhada do Condenado à morte. No caminho que leva ao Calvário as mulheres choram batendo no peito. Ele, levando a cruz aos ombros, vacila sob o peso do pecado e da dor dos homens, que quis como irmãos. Bem sabe como é longa na história a via dolorosa que leva aos Calvários do mundo.
 
DÉCIMA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus é crucificado
As chagas do Salvador continuam hoje a sangrar, agravadas pelos cravos da injustiça, da mentira e do ódio, dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças. Nas palmas das Suas mãos trespassadas pelos cravos está escrito o nome dos que, com Ele, continuam a ser crucificados.
 
DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus promete o seu Reino ao bom ladrão
O bom ladrão, certamente, tinha matado, possivelmente mais de uma vez, e de Jesus nada sabia, a não ser aquilo que escutou gritar pela multidão. Um sentimento de solidariedade e um grito de ajuda bastaram para salvá-lo. Aquele ladrão representa todos nós. A sua rápida aventura nos ensina que o Reino pregado por Jesus não é difícil de alcançar para os que o invocam.
 
DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus na Cruz, a Mãe e o Discípulo.
Maria está de pé junto à Cruz; o discípulo mais jovem está ao seu lado. Agora oferece o seu Filho ao mundo e recebe o discípulo que Ele amava. Naquele instante, João a acolhe na morada do coração e na sua vida, e a força do Amor nele se difunde. Ele é agora, na Igreja, a testemunha da luz e com o seu Evangelho revela o Amor do Salvador.
 
DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus morre na Cruz
Sofre com o tormento de sua Mãe, escolhida para dar à vida um Filho que verá morrer. No entanto Jesus, no amor e na obediência, aceita o projeto do Pai. Sabe que sem o dom da Sua vida a nossa morte seria sem esperança; as trevas do desespero não se transformariam em luz; a dor não resultaria na consolação, na esperança da eternidade.
 
DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO
Nós vos adoramos, SENHOR JESUS, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!
Jesus é colocado no sepulcro
Após o terrível trovão no instante da morte, o grande silêncio. O Filho de Deus desce à mansão dos mortos para resgatar aqueles que a morte retém. A Sua luz transtorna as trevas do Inferno. A terra treme e os sepulcros se abrem. Jesus vem para libertar os justos e devolvê-los à luz da ressurreição.
 
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
 
Oração Final
Eu te suplico Senhor, que me concedas,
por intercessão de tua Mãe a Virgem Maria,
que cada vez que medite tua Paixão,
fique gravado em mim
com marca de atualidade constante,
o que Tu fizeste por mim
e teus constantes benefícios.
Faz, Senhor, que me acompanhe,
durante toda minha vida,
um agradecimento imenso a tua Bondade. Amém.
 
Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/via-sacra/

Salmo 87,2-3

 


“Senhor, meu Deus, de dia clamo a vós, e de noite vos dirijo o meu lamento. Chegue até vós a minha prece, inclinai vossos ouvidos à minha súplica.”

Sl 87,2-3


Quarta-feira Santa

 


“Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi encontrar-se com os sumos sacerdotes e lhes disse: ‘Que me dareis, se eu vos entregar Jesus?’ Eles lhe pagaram trinta moedas de prata. E, desde aquela hora, procurava uma boa ocasião para entregá-lo.”
Mt 26,14-16
 
Pedro também, naquela noite de traições, nega três vezes o Senhor. O Apóstolo que deveria ser o fundamento da Igreja chorou o seu pecado com lágrimas de amor; Judas, por sua vez, não teve a humildade de voltar ao Senhor para reconhecer seu pecado. Pedro manteve a esperança firme, enquanto Judas a perdeu, não confiando na misericórdia do Senhor. [...]
É algo que podemos aprender do Evangelho de hoje: não importa que nossas ofensas sejam grandes, a misericórdia de Deus é sempre maior. Tudo tem remédio se voltarmos para o Senhor e abrirmos os nossos corações à graça, para que Cristo possa curar as nossas feridas. “O medo e a vergonha, que nos impedem de ser sinceros, são os maiores inimigos da perseverança. Somos de barro; mas se falarmos, o barro adquire a força do bronze” (São Josemaria). Essa força é a que a humildade de São Pedro, a rocha da Igreja, alcançou; e é o que pedimos a Jesus através de Maria, sua mãe, e também nossa mãe.
 
Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-quarta-feira-santa/

terça-feira, 26 de março de 2024

Uma prece a Nossa Senhora do meio-dia

 


O diplomata e poeta católico francês Paul Claudel compôs o seguinte texto sobre a devoção mariana e sobre a singeleza de contemplar Maria sem precisar dizer palavra alguma:
 
“É meio-dia. Vejo a igreja aberta e entro. Mãe de Jesus Cristo, não venho rezar. Nada tenho a oferecer, nem a pedir. Venho simplesmente, Mãe, olhar-te. Olhar-te, chorar de felicidade, tomar consciência de que sou teu filho e de que estás aí. Desejo passar um instante contigo, no meio do dia, quando tudo parece parar. Meio-dia! Quero ser teu, Maria, nesse lugar em que estás! Nada dizer, apenas olhar o teu semblante. Deixar o coração cantar a sua própria linguagem. Nada dizer, apenas cantar, por ter o coração repleto de júbilo. Cantar como o melro que exprime as suas ideias em versos improvisados. Porque é meio-dia; porque estamos neste dia de hoje!”
 
Fonte: https://pt.aleteia.org/2020/07/31/uma-prece-a-nossa-senhora-do-meio-dia

Salmo 86,7

 


“E cantarão entre danças: Todas as minhas fontes se acham em ti.”

Sl 86,7


Terça-feira Santa

 


“Perguntou-lhe Pedro: ‘Senhor, por que não posso seguir-te agora? Darei minha vida por ti!’ Respondeu-lhe Jesus: ‘Darás a vida por mim? Na verdade, na verdade, te digo: o galo não cantará sem que me tenhas negado três vezes’.”
Jo 13,37-38
 
“MUITAS VEZES pensamos que Deus conta apenas com a nossa parte boa e vitoriosa, quando, na verdade, a maior parte dos seus desígnios se cumpre através e apesar da nossa fraqueza (...). O Maligno faz-nos olhar para a nossa fragilidade com um juízo negativo, ao passo que o Espírito a traz à luz com ternura. A ternura é a melhor forma para tocar o que há de frágil em nós (...). Ter fé em Deus inclui também acreditar que Ele pode intervir inclusive através dos nossos medos, das nossas fragilidades, da nossa fraqueza. E ensina-nos que, no meio das tempestades da vida, não devemos ter medo de deixar a Deus o timão da nossa barca. Por vezes queremos controlar tudo, mas o olhar d’Ele vê sempre mais longe.”
 
Papa Francisco, Carta Apostólica Patris corde, n. 2.
 
Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-terca-feira-santa/

segunda-feira, 25 de março de 2024

Novena em honra à Gravidez de Nossa Senhora

 


Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque atentou na humildade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.
(Lucas 1,46-48)
 
Dia 25 de Março: Anunciação do Anjo a Nossa Senhora. Essa Novena honra Aquela que "ocupa na Igreja o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós” (L. G. nº 54). Ela deve ser rezada a partir do dia 25 de março até 25 de dezembro, data do Santo Nascimento do Nosso Senhor Jesus.
 
Ao conceber e dar à luz o filho, a mulher se encontra por um dom sincero de si mesma. O dom da disponibilidade interior para aceitar e dar ao mundo o filho…
Papa João Paulo II (Mulieris Dignitatem, 18)
Que Deus abençoe todas as mulheres grávidas e, agracie aquelas em busca de engravidar! Rezar:
 
Ó Maria, Virgem Imaculada, Porta do Céu e Causa da Nossa Alegria, respondendo com generosidade ao Anúncio do Arcanjo São Gabriel, Vós pudestes dar curso ao plano de Deus para a minha salvação. Vós fostes, pela Providência Santíssima desde toda a eternidade, constituída morada digna do Filho de Deus Encarnado. Pelo vosso “sim” e fidelidade ao Pai Celeste, o Espírito Santo teceu em vosso ventre Jesus, nosso Senhor e Salvador.
Eis que desejando que o Filho de Deus que quis nascer em Vós, nasça também em meu coração e conceda-me o perdão de meus pecados, prostro-me aos vossos pés e vos imploro, com todo o fervor de minha alma, que vos digneis alcançar-me, do vosso Filho, a graça que tanto necessito...
(colocar a graça)
Ouvi minha súplica, ó Virgem Santíssima, Vós que, perante o trono da Graça, sois a “Onipotência Suplicante”, enquanto vou meditando, com reverência e filial afeto, todos os momentos de dor e de alegria, de desolação e de providência, que vos acompanharam em vossa bendita e singular Gestação, na qual trouxestes em vosso ventre por nove meses o Filho do Deus Altíssimo.
Amém.
 
Rezar 9 Ave-Marias, em honra de cada um dos 9 meses em que Jesus esteve no ventre de Nossa Senhora acompanhadas da seguinte jaculatória:
“Benditas sejam a Santa Gravidez e a Imaculada Conceição da bem-aventurada sempre virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe.”

Maria e a vida no Espírito Santo



“A Virgem Maria ensina-nos o que significa viver no Espírito Santo e o que significa acolher a novidade de Deus na nossa vida. Ela concebeu Jesus por obra do Espírito, e cada cristão, cada um de nós, está chamado a acolher a Palavra de Deus, a acolher Jesus dentro de si e depois levá-lo a todos. Maria invocou o Espírito com os Apóstolos no cenáculo: também nós, todas as vezes que nos reunimos em oração, somos amparados pela presença espiritual da Mãe de Jesus, para receber o dom do Espírito e ter a força de testemunhar Jesus ressuscitado.”
 
(Papa Francisco. Regina Coeli, 28 de abril de 2013)
 
Fonte: Portal Aleteia

Salmo 85,4-5

 


“Consolai o coração de vosso servo, porque é para vós, Senhor, que eu elevo minha alma. Porquanto vós sois, Senhor, clemente e bom, cheio de misericórdia para quantos vos invocam.”

Sl 85,4-5


Segunda-feira Santa

 


“Seis dias antes da Páscoa, veio Jesus a Betânia, onde morava Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. Prepararam lá uma ceia para ele; Marta servia à mesa, e Lázaro era um dos convivas. Então Maria tomou uma libra de genuíno perfume de nardo, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos; e o cheiro do perfume encheu a casa.”
Jo 12,1-3
 
“Maria oferece a Jesus o que tem de mais precioso e com um gesto de devoção profunda. O amor não calcula, não mede, não olha a despesas, não levanta barreiras, mas sabe doar com alegria, procura só o bem do outro, vence a mesquinhez, a avareza, os ressentimentos, os fechamentos que o homem às vezes leva no seu coração.”
Bento XVI, Homilia, 29 de março de 2010.
 
QUEM ENTREGA tudo a Deus torna-se dom também para o seu próximo. Pelo contrário, quem faz muitos cálculos diante do chamado de Cristo, acaba relutando também em dar-se aos outros. Quando dizemos sim ao Senhor, levamos aos outros “o bom odor de Cristo” (2 Cor 2,15) e eles podem se sentir amados com amor de predileção. Como aconteceu em Betânia, podemos dizer que “a casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo” (Jo 12,3). Por isso, nossa vida, empurrada e guiada pela força de Deus, pode encher o mundo de fragrância. A estes três irmãos de Betânia, cuja memória celebramos no dia 29 de julho, pedimos que saibamos preencher as nossas vidas e a das nossas famílias e amigos com a fragrância da sua casa.
 
Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-segunda-feira-santa/

domingo, 24 de março de 2024

Sofre de ansiedade?

 


Sofre de ansiedade?
Então você precisa conhecer o conselho mais repetido na Bíblia
 
Provavelmente, muitos pensam que a frase mais comum da Bíblia teria que ser algum tipo de proibição, um “não farás” isso ou aquilo. Talvez até algo como “amarás teu próximo” ...
Nada disso. O conselho mais repetido no Antigo e Novo Testamentos é “Não temas” (e suas variações).
Você deve conhecer alguns versículos da Escritura com essa amorosa exortação. Um exemplo é quando o anjo Gabriel apareceu a Maria, anunciando que ela seria a Mãe de Nosso Salvador e quando José ouviu estas palavras ao saber que seria o pai terreno de Jesus: “Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo” (Mateus 1, 20).
Quando Jesus estava prestes a nascer, em Belém, outro anjo apareceu aos três reis com as mesmas palavras de alento.
Quer mais um exemplo? Pois bem: quando Zacarias foi informado que sua esposa ficaria grávida em idade avançada, “ficou perturbado, e o temor assaltou-o. Mas o anjo disse-lhe: Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração: Isabel, tua mulher, dar-te-á um filho, e chamá-lo-ás João” (Lucas 1, 12-13).
Na verdade, há muito mais versículos em que a Bíblia nos anima a não ter medo.
Na Transfiguração de Jesus, os discípulos caíram no chão, apavorados pelo medo. Mas “Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: Levantai-vos e não temais” (Mateus 17,7).
Ao todo, a frase “Não temas” e suas variações são repetidas 365 vezes ao longo da Escritura!
Muitas das nossas preocupações diárias giram em torno de algum tipo de medo do que pode acontecer. A ansiedade consome grande parte de nossa energia. Vai dar tudo certo na viagem? Haverá algum acidente com o carro? Saberei perdoar meu irmão? Estou fazendo o que Deus gostaria que eu fizesse? O que os médicos vão nos dizer sobre os exames? Será que esta é a melhor decisão que eu posso tomar? Essas são algumas das perguntas que martelam interminavelmente em nossas cabeças. E, para cada uma delas, Deus nos lembra que temos que nos voltar para Ele em oração, com confiança.
Em Apocalipse 2,10, temos mais uma lição de coragem: “Nada temas ante o que hás de sofrer. Por estes dias o demônio vai lançar alguns de vós na prisão, para pôr-vos à prova. Tereis tribulações durante dez dias. Sê fiel até a morte e te darei a coroa da vida.”
Já em Deuteronômio 31.6, somos incentivados a depositar nossa confiança em Deus, que não nos abandonará se O colocarmos em primeiro lugar em nossa vida: “Nada vos atemorize, e não os temais, porque é o Senhor vosso Deus que marcha à vossa frente: ele não vos deixará nem vos abandonará”.
Além dos inúmeros exemplos da Bíblia, temos que nos lembrar também de São João Paulo II, que começou seu pontificado com uma lembrança crucial: “Não temam”, disse ele. Esse santo de nosso tempo nos convidava constantemente a aceitar a paz que Cristo nos oferece e a confiar sempre em Seu amor e em Sua misericórdia.
Portanto, “Não temas”.
 
Patty Knap
 
Fonte: https://pt.aleteia.org/2017/08/29/sofre-de-ansiedade-entao-voce-precisa-conhecer-o-conselho-mais-repetido-na-biblia/

Salmo 84,9

 


“Escutarei o que diz o Senhor Deus, porque ele diz palavras de paz ao seu povo, para seus fiéis, e àqueles cujos corações se voltam para ele.”

Sl 84,9


Domingo de Ramos

 


“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exalta, ó filha de Jerusalém: Eis aí que vem o Teu Rei, justo e salvador, Ele traz a salvação, humilde e montando um jumentinho.”
Zacarias 9,9
 
Trouxeram a jumenta e o jumentinho, puseram sobre eles suas vestes e Jesus montou. A numerosa multidão estendia suas vestes pelo caminho; outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pela estrada. As multidões que iam à frente dele e as que o seguiam gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”
Mateus 21,7-9
 
“Se a condição para que Jesus reine em minha alma, na tua alma, fosse contar previamente com um lugar perfeito dentro de nós, teríamos motivos para desesperar. “Mas não temas, filha de Sião: eis que o teu Rei vem montado sobre um jumentinho”. Vemos? Jesus contenta-se com um pobre animal por trono. Não sei o que se passa convosco; quanto a mim, não me humilha reconhecer-me aos olhos do Senhor como um jumento: Sou como um burrinho diante de Ti; mas estarei sempre a teu lado, porque me tomaste pela tua mão direita, Tu me conduzes pelo cabresto (...). Há centenas de animais mais belos, mais hábeis e mais cruéis. Mas Cristo escolheu esse para se apresentar como rei diante do povo que o aclamava. Porque Jesus não sabe o que fazer com a astúcia calculista, com a crueldade dos corações frios, com a formosura vistosa, mas oca. Nosso Senhor ama a alegria de um coração jovem, o passo simples, a voz sem falsete, os olhos limpos, o ouvido atento à sua palavra de carinho. É assim que reina na alma.”
São Josemaria, É Cristo que passa, 181
 
Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/meditacoes-domingo-de-ramos/

sábado, 23 de março de 2024

Senhor de bondade

 


Senhor de bondade, Deus Criador e fonte de vida, desperta em mim a atenção para a origem divina da minha existência. Recorda-me que és o oleiro que modelou cada ser humano com carinho e muito amor, para meu bem e tua glória. Amém.


Prece

 


Senhor de bondade, Deus Criador e fonte de vida, desperta em mim a atenção para a origem divina da minha existência. Recorda-me que és o oleiro que modelou cada ser humano com carinho e muito amor, para meu bem e tua glória. Amém.


Salmo 83,5-6

 


“Felizes os que habitam em vossa casa, Senhor: aí eles vos louvam para sempre. Feliz o homem cujo socorro está em vós, e só pensa em vossa santa peregrinação.”

Sl 83,5-6


SEMANA SANTA

 


SEMANA SANTA: o significado de cada dia da celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo
 
24/03 Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte. A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.
 
25/03 Segunda-feira Santa
Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise. “Ela guardava este perfume para a minha sepultura” (cf. João 12,7); Jesus já havia anunciado que Sua hora havia chegado. A primeira leitura é a do servo sofredor: “Olha o meu servo, sobre quem pus o meu Espírito”, disse Deus por meio de Isaías. A Igreja vê um paralelismo total entre o servo de Javé cantado pelo profeta Isaías e Cristo. O Salmo é o 26: “Um canto de confiança”.
 
26/03 Terça-feira Santa
A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. Estamos na hora crucial de Jesus. Cristo sente, na entrega, que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre no caminho a covardia e o desamor. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro. “Jesus insiste: ‘Agora é glorificado o Filho do homem e Deus é glorificado nele’”. A primeira leitura é o segundo canto do servo de Javé; nesse canto, descreve-se a missão de Jesus. Deus o destinou a ser “luz das nações, para que a salvação alcance até os confins da terra”. O Salmo é o 70: “Minha boca cantará Teu auxílio.” É a oração de um abandonado, que mostra grande confiança no Senhor.
 
27/03 Quarta-feira Santa
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa. Os homens saem de uma igreja ou local determinado com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre “Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.
 
28/03 Quinta-feira Santa
Santos óleos – Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos. Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.
 
Lava-pés – O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia. O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.
 
Instituição da Eucaristia – Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores. A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
 
Instituição do sacerdócio – A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.” (cf. Mt 26,26). Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
 
29/03 Sexta-feira Santa
A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.
 
Via-sacra – Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.
 
30/03 Sábado Santo
O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo está consumado!”.
 
Vigília Pascal – Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando na oração e no jejum Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida. A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.
 
Bênção do fogo – Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo. Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
 
Procissão do Círio Pascal – As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.
 
Proclamação da Páscoa – O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada. Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.
 
Liturgia da Palavra – Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra. As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).
 
31/03 Domingo da Ressurreição
É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu “Pessach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.
 
Fonte: https://www.cnbb.org.br/261402-2/
 
Meditações da Semana Santa:
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