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domingo, 31 de março de 2024

A fábula das três árvores

 


Havia, no alto de uma montanha, três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.
A primeira, olhando as estrelas, disse: “Eu quero ser cortada e que minhas tábuas se transformem no baú mais precioso do mundo, cheio de riquezas e tesouros".
A segunda olhou para um riacho que passava por ali e suspirou: “Eu quero ser transformada num navio para transportar reis e rainhas”.
A terceira árvore olhou para o grande vale que estava diante dela e disse: “Quero ficar em destaque no alto de uma montanha, de tal forma que as pessoas ao olharem pra mim, levantem seus olhos e pensem em Deus”.
Muitos anos se passaram e certo dia vieram lenhadores que cortaram as três árvores. Todas estavam ansiosas em serem transformadas naquilo que sonhavam. Mas, lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos!... Que pena!
A primeira árvore acabou sendo transformada num coxo de animais, coberto de feno.
A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando rudes pescadores todos os dias.
E a terceira, que sonhava ficar em destaque no alto de uma montanha, acabou sendo cortada em grossas vigas e colocada de lado num depósito.
E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes: "Para que isso?"
Mas, numa certa noite, cheia de luz e estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido naquele coxo de animais.
E, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior e mais valioso tesouro do mundo (Lc 2:7).
A segunda árvore, anos mais tarde, transportou um homem que acabou dormindo no barquinho, mas quando uma terrível tempestade veio sobre o mar e estava a afundar o pequeno barco, o homem se levantou e com autoridade ordenou ao vento e ao mar: “Aquieta-te!”, e surpreendentemente fez-se grande bonança. E a segunda árvore entendeu que estava carregando o maior e mais poderoso Rei dos Céus e da Terra (Lc 8,22-25).
Tempos mais tarde, a terceira árvore espantou-se quando foi retirada do depósito e suas vigas foram unidas em forma de cruz, e um humilde nazareno foi pregado nela. Ela sentiu-se horrível e cruel, mas, no terceiro dia, o que fora crucificado nela, ressuscitou dentre os mortos, e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado o Redentor da humanidade, e todos os que para ela olhassem se lembrariam daquele glorioso Salvador do mundo (Lc 23:33 e 24:1-9).
 
MORAL DA HISTÓRIA:
É interessante pensar que cada uma das árvores teve o que desejava, mas não da forma que sonhavam, suas realizações foram mil vezes melhores e mais sábias do que haviam imaginado.
Nós também, à semelhança das três árvores, não sabemos dos planos que Deus tem reservado para nós. Temos os nossos sonhos e nossos planos que, por vezes, não coincidem com os planos que Deus tem para nós; e, quase sempre, somos surpreendidos com a sua generosidade e misericórdia.
Quando as coisas não parecem estar acontecendo da maneira que gostamos ou esperamos, precisamos ter em mente que Deus tem planos maiores para a nossa vida. Nem sempre os caminhos traçados por Deus para nós são aqueles que nós almejamos, mas podemos ter certeza de que eles são os melhores! É importante compreendermos que tudo vem de Deus e crermos que podemos esperar Nele, pois Ele sabe muito bem o que é melhor para cada um de nós.
 
Que nesta Páscoa, não seja apenas uma lembrança do passado, mas um verdadeiro nascimento de Jesus em seu coração, que Ele possa nascer em cada dia do ano, a cada ato, cada oração e que se instale no seu coração para sempre.
Uma feliz e verdadeira Páscoa e muitas felicidades.

(D.a.)

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