A intenção deste sacramental é
levar-nos ao arrependimento dos pecados, marcando o início da Quaresma; e
fazer-nos lembrar que não podemos nos apegar a esta vida achando que a
felicidade plena possa ser construída aqui. É uma ilusão perigosa. A morada
definitiva é o céu.
A maioria das pessoas, mesmo os
cristãos, passa a vida lutando para “construir o céu na terra”. É um grande
engano. Jamais construiremos o céu na terra; jamais a felicidade será perfeita
no vale em que o pecado transformou num vale de lágrimas. Devemos, sim, lutar
para deixar a vida na terra cada vez melhor, mas sem a ilusão de que ficaremos
sempre aqui.
Deus dispôs tudo de modo que nada
fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o desígnio do Senhor nisso? A cada
dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar
banho, alimentar-nos etc. Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser
repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater
interminável do coração e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo
repete, sem cessar, suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório…
nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor
que se abre logo estará murcha; todo dia que nasce logo se esvai… e assim tudo
passa, tudo é transitório.
Professor Felipe Aquino
Nenhum comentário:
Postar um comentário