Se a vida na terra fosse
incorruptível, muitos de nós jamais pensaríamos em Deus e no céu. Acontece que
o Todo-poderoso tem para nós algo mais excelente, aquela vida que levou São
Paulo a exclamar:
“Coisas que os olhos não viram, nem
os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens
que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9).
A corruptibilidade das coisas da
vida deve nos convencer de que Deus quer para nós uma vida muito melhor do que
esta – uma vida junto d’Ele. E, para tal, o Senhor não quer que nos acostumemos
com esta [vida], mas que busquemos a outra com alegria, onde não haverá mais
sol porque o próprio Deus será a luz, nem haverá mais choro nem lágrimas.
Aqueles que não creem na eternidade
jamais se conformarão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre
sonharão com a construção do céu nesta terra. Para os que creem a efemeridade
tem sentido: a vida não será tirada, mas transformada; o “corpo corruptível se
revestirá da incorruptibilidade” (cf 1Cor 15,54) em Jesus Cristo.
Professor Felipe Aquino
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