“Deus precisou de apenas uma palavra para criar-nos, mas de
seu sangue para redimir-nos. Se às vezes te sentes frustrado por tuas misérias,
recorda quanto custaste.”
Santo Agostinho
Aquele grito.
Pelos evangelhos ficamos sabendo que Jesus, antes de morrer, deu um forte
grito. No meio de dores vindas das chagas, das feridas das chibatadas, da
torturante sede, do total abandono, das câimbras e cortes rápidos da respiração,
Ele, o mais belo de todos os filhos dos homens, terminava sua vida dando um
grande grito. Não tinha condições de lembrar de tudo. Pode ser que tenha vindo
à sua cabeça a figura da mulher samaritana, da viúva que depositava esmola no
templo, de Bartimeu que queria enxergar, dos tonéis de vinho nas bodas em
Caná... não sei o que mais. Talvez isso lhe tenha passado pela mente antes de
ser crucificado. Naquele momento, da ponta dos pés até o último fio de cabelo,
Ele era somente dor. Um grito: toda dor, todo amor de Deus. Tudo num forte
grito.
Frei Almir
Ribeiro Guimarães, OFM
Folhinha do
Sagrado Coração de Jesus
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