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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Deus é Amor


VATICANO - “AVE MARIA” aos cuidados de mons. Luciano Alimandi - “Deus é amor”
Cidade do Vaticano (Agência Fides)

“Deus é amor”! Com estas palavras João nos apresenta a Verdade, por assim dizer, máxima sobre Deus! Desta verdade provém todo o resto. Dela parte e se desenvolve todo o projeto da criação e da redenção e a ela tudo deve retornar. Eis então que o Evangelho de João se centraliza no amor o Mistério da Encarnação do Filho de Deus: “Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito” (Jo 3, 16). Estas palavras deveriam soar no coração dos fiéis como uma doce poesia que narra a história mais bonita de nossa salvação, como um cântico que não terá fim. O Santo Padre Bento XVI doou aos católicos, em sua primeira Encíclica, uma profunda reflexão e um grande ensinamento magistral sobre esta verdade excelsa: “Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele” (1 Jo 4, 16). Estas palavras da Primeira Carta de São João expressam com clareza o centro da fé cristã: “Nós reconhecemos o amor de Deus por nós e acreditamos” (Deus Caritas Est, n. 1). O centro da vida espiritual, o eixo de nossa existência humana, a fonte que buscamos toda a força e o bem, é o Amor divino. Este amor deve ser sobretudo, reconhecido e crido, como recorda o Santo Padre seguindo o ensinamento de evangelista João.
Em Deus existe somente Amor, unicamente Amor! Esta sublime verdade pode parecer, à primeira vista, evidente, mas na realidade não é assim. Existe tanta necessidade de purificação do coração e da mente para “entrar” nela. De fato, a imagem do Amor de Deus por nós foi distorcida pelo pecado, os nossos ”olhos” foram ofuscados pelo “falta de amor”, daquele amor que amor não é, eis o porque temos dificuldade de reconhecer o amor divino com o qual Deus ama infinitamente as suas criaturas. Assim trazemos dentro de nós, ao mesmo tempo, a imagem do autêntico amor mas, também o de sua deturpação, devido ao nosso pecado e ao pecado do mundo, que tanto influencia a nossa cultura, a nossa educação, as nossa decisões e os nosso projetos de vida... Sem uma autêntica “metanóia”, aquela progressiva mudança de mentalidade que pressupõe também a negação de si, não se consegue “encontrar” a sublime Verdade de Deus, que se encarnou em nosso Senhor Jesus, o Emanuel, o Deus conosco e por nós”! Quando se sente a fatiga de acreditar que Deus nos ama, próprio como somos, de maneira absoltamente gratuita e incondicionada, é sinal que os olhos do coração estão ainda um pouco ofuscados pelo amor próprio. O Evangelho nos testemunha, falando-nos do comportamento dos Apóstolos que, por sua vezes, não conseguiam olhar além das aparências e, sobretudo, quando deviam se confrontar com o mistério da dor, que esconde o mistério do amor, eles se fechavam e não viam em profundidade. Existe, entre estes episódios, também a cena comovente da agonia de Jesus no Horto das Oliveiras onde ao invés de vigiar com o Mestre, já imerso no oceano do amor e da dor por toda a humanidade, os três Apóstolos dormiram: “porque seus olhos estavam pesados de sono” (Mc 14, 40).
Também os nosso olhos ficam pesados, se não permanecemos no amor mediante a contínua confiança em Deus e a caridade recíproca. O egoísmo nos pesa, enquanto o abandono em Deus, com a oração e a caridade vivida e doada, nos alivia e nos torna disponíveis ao sopro do Espírito Santo, que é puro sopro de liberdade. Existe quem fez o paralelo da alma humana como um barco a vela que, se é livre, é capaz de acolher o vento e experimentar a força dele. Somente se soltarmos os nossos barcos a vela ao “vento” de Deus, ou seja, se abrirmos as nossas vontades ao seu amor, nos dispondo à benevolência para com todos os irmãos, então seremos capazes de “entrar”, por meio da fé, no grande mistério da vida eterna. Como “Deus é amor”, tudo é reconduzido a este Amor. Até mesmo o pecado e a morte, foram vencidos por este Amor, porque nada e ninguém pode resistir a Deus. É isto o que nos anuncia a ressurreição de Cristo! Certo, o Amor de Deus nos criou livres, porque seria impensável um amor sem liberdade, porque este homem tem a “grande” responsabilidade de não levantar muros contra o amor de Deus. Um não seco e total, pode bloquear até mesmo Deus, impedindo-O de penetrar, com o seu Amor, naquela criatura que O rejeita. Maravilhosa e tremenda liberdade humana: com um sim pleno a Deus, na hora da morte, se pode voar rumo ao Céu, como o bom ladrão (cfr. Lc 23, 43), e com um não total à divina misericórdia a criatura rebelde pode se precipitar no abismo do inferno. Como não sentir a necessidade de segurar na mão especial de Maria, a Mãe de Jesus e nossa, Rainha do mês de maio, que deseja nos acompanhar e quer nos proteger de todo mal durante esta maravilhosa viagem rumo à eternidade! Uma viagem, esta, sem volta, porque cada um nasce e morre uma vez só para poder nascer de novo, em Cristo Jesus, na alegria sem fim do eterno e infinito amor do Pai!


Fonte: Agência Fides 20/5/2009

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