A Bíblia
nos diz que Isabel era prima e muito amiga de Maria, e elas tinham o costume de
visitarem-se. Uma dessas ocasiões foi quando já estava grávida: "Quando
Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel
ficou repleta do Espírito Santo" (Lc 1,41). Ainda no ventre da mãe, João
faz uma reverência e reconhece a presença do Cristo Jesus. Na despedida, as
primas combinam que o nascimento de João seria sinalizado com uma fogueira,
para que Maria pudesse ir ajudar a prima depois do parto.
Assim os
evangelistas apresentam com todo rigor a figura de João como precursor do
Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de "Aurora da
Salvação". É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o
nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo.
Ele era
um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele
mudo, ambos de estirpe sacerdotal e já com idade bem avançada. Isabel haveria
de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que significa
"Deus é propício". Assim foi avisado Zacarias pelo anjo Gabriel.
Conforme
a indicação de Lucas, Isabel estava no sexto mês de gestação de João, que foi
fixado pela Igreja três meses após a Anunciação de Maria e seis meses antes do
Natal de Jesus. O sobrinho da Virgem Maria foi o último profeta e o primeiro
apóstolo. "É mais que profeta, disse ainda Jesus. É dele que está escrito:
eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante
de ti". Ou seja, o primo João inicia sua missão alguns anos antes de Jesus
iniciar a sua própria missão terrestre.
Lucas
também fala a respeito da infância de João: o menino foi crescendo e
fortificando-se em espírito e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou
diante de Israel.
Com
palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência.
Anunciava a vinda do messias prometido e esperado, enquanto de si mesmo deu
este testemunho: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitarei o
caminho do Senhor..." Aos que o confundiam com Jesus, afirmava com
humildade: "Eu não sou o Cristo". e "Não sou digno de desatar a
correia de sua sandália". Sua originalidade era o convite a receber a
ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Por isso o seu apelido
de Batista.
João
Batista teve a grande missão de batizar o próprio Cristo. Ele apresentou
oficialmente Cristo ao povo como Messias com estas palavras: "Eis o
Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo... Ele vos batizará com o
Espírito Santo e com o fogo".
Jesus,
falando de João Batista, tece-lhe o maior elogio registrado na Bíblia:
"Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior do que João
Batista. Contudo o menor no Reino de Deus é maior do que ele".
Ele
morreu degolado no governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e
os bons costumes. O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra
veneração litúrgica.
São João
Batista é um dos santos mais populares em todo o mundo cristão. A sua festa é
muito alegre e até folclórica. Com muita música e danças, o ponto central é a
fogueira, lembrando aquela primeira feita por seus pais para comunicar o seu
nascimento: anel de ligação entre a antiga e a nova aliança.
Fonte: paulinas.org.br
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