Desde o
início do cristianismo a Virgem Maria é venerada de maneira especial pelos
fiéis. A Igreja sempre ensinou que a Mãe conduz ao Filho, porque seus corações
estão ligados pela graça do Espírito Santo, no tempo e na eternidade. No
Evangelho de São Lucas está expressa a menção do coração de Maria,
apresentando-o como uma arca onde eram conservados todos os fatos e tudo o que
era dito sobre Cristo (Lc 2, 19 e 51). Portanto, o meio mais seguro para
alcançar o caminho de Jesus, é seguir o coração de Maria, fonte e fundamento de
todas as virtudes apreciadas pelo Senhor.
A
manifestação dessa fé começou no século III, na era patrística. Ganhou grande
força na era católica romana medieval, entre os séculos VII e XV, chegando
vigorosa nos tempos modernos. Nessa época a devoção foi impulsionada por vários
religiosos que viviam em santidade. Dentre eles estão: São Bernardo, Santa
Gertrudes, Santa Brígida, São Bernardino de Sena e São João Eudes, seu maior
incentivador. Ele reuniu em uma só obra, as várias alusões ao Coração de Maria,
encontradas nos muitos escritos dos Padres da Igreja.
A
passagem da devoção particular para o culto público ocorreu em Nápoles, através
da Confraria do Coração de Maria, fundada em 1640 pelo padre Vicente Guinigi,
dos Clérigos regulares da Mãe de Deus. Entretanto, foi São João Eudes que
promoveu a devoção litúrgica em 1648, quando obteve autorização para a festa do
Bispo de Autun, na França. O culto foi se difundindo de tal modo que, em 1805,
o Papa Pio VII passou a autorizar todos os pedidos das Dioceses e Congregações
religiosas, para celebração da festa litúrgica.
O carisma
dessa devoção levou o sacerdote Antonio Maria Claret, a fundar em 1849, uma
Congregação hoje conhecidos como Padres Claretianos. Foram especialmente eles
que agiram em 1914, quando houve a reforma do Calendário litúrgico Romano.
Enviaram à Santa Sé muitas petições de todos os lugares do mundo, implorando
que a festa do Imaculado Coração de Maria fosse estendida à toda Igreja, porém
sem resultado.
Em 1917
ocorreram as aparições de Nossa Senhora de Fátima que em suas mensagens além da
revelação dos segredos, pedia para divulgar ao mundo a devoção ao seu Imaculado
Coração. Disse também que ele triunfará no final, pois este é o desejo de Deus.
A consequência foi uma magnífica expansão ao culto. Em 1942, durante a Segunda
Guerra Mundial o Papa Pio XII pediu ajuda à interseção de Maria fazendo a
consagração do mundo todo ao Imaculado Coração de Maria. Quando a guerra
acabou, em 1945, o Santo Papa decretou que a festa devia ser celebrada por toda
a Igreja de Roma, no oitavo dia da Assunção.
Em 1984,
o Papa João Paulo II, voltou a consagrar o mundo todo ao Imaculado Coração de
Maria, citando as nações que a tem como padroeira. Depois, o mesmo pontífice
aprovou o decreto de 1996, tornando novamente a festa de Memória obrigatória
para todos os católicos.
Nossa
Senhora do Imaculado Coração nos ensina através da atitude contemplativa no
acolhimento da Palavra, da caridade e simplicidade da sua humilde adesão ao
plano misericordioso de Deus, a amar todos os nossos irmãos e estar junto dos
mais pobres e necessitados.
Fonte: http://www.paulinas.org.br
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