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Imagem da reflejosdeluz.net

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A Lição do Jardineiro




            Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim.
            Chegando em casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 15 ou 16 anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço. Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.
            O garoto ligou para uma mulher e perguntou:
            - A senhora está precisando de um jardineiro?
            - Não. Eu já tenho um, foi a resposta.
            - Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.
            - Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso.
            O garoto insistiu:
            - Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.
            - O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora.
            - Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.
            - Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa.
            Numa última tentativa, o menino arriscou:
            - O meu preço é um dos melhores.
            - Não, disse firme a voz ao telefone. Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
            Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro:
            - Meu rapaz, você perdeu um cliente.
            - Claro que não, respondeu rápido. Eu sou o jardineiro dela. Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo.

Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro?
E, se fizéssemos, qual seria o resultado? Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro?
Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?
Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?
Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com presteza?
E, por fim, qual tem sido o nosso preço? Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer, sem sufocá-las?
O amor floresce nos pequenos detalhes. Como gotas de chuva que umedecem o solo ou como o sol abundante que se faz generoso, distribuindo seu calor.

A gentileza, a simpatia, o respeito são detalhes de suma importância para que a florescência do amor seja plena e frutifique em felicidade.

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