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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Ninguém vive só



Ninguém vive só...
mesmo as estrelas do céu brilham juntas.
Mesmo as águas do oceano correm em conjunto.
Mesmo as lágrimas rolam duas a duas,
não raro acompanhadas de sorrisos...

Ninguém vive só...
Mesmo as folhas pequeninas dos arbustos dormem juntas.
E os pássaros cortam ares em revoadas.

Ninguém vive só.
Mesmo as pedras procuram o caminho,
porque o caminho não é deserto,
mas transitado pelos homens.
Mesmo as flores procuram o jardim,
porque os jardins são visitados.
Mesmo os perfumes procuram as flores,
porque a flor perfumada exerce maior atração...

Ninguém vive só...
E nessa grande harmonia de conjunto,
resta a constante busca de "outro",
neste irresistível poema de sociabilidade,
nós nos situamos também como gente.

Ninguém vive só...
Situar-se como gente é abandonar a ideia do EU,
a atitude do egoísmo para aderir ao NÓS.
Eu, você, todos nós:
Abertos,
confiantes,
construtivos,
comunitários e sociais!

(Roque Schneider)

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