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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Um pedido na oração: “que eu veja”

 


No capítulo 10 de seu Evangelho, São Marcos narra a cura de Bartimeu (Marcos 10, 46-52).

Jesus caminhava seguido por uma multidão. Percebendo que o mestre se aproximava, o cego Bartimeu começa a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” (v. 47). Aqueles que estavam perto mandam Bartimeu ficar calado.

Mas ele não se intimida e grita ainda mais alto. Aqui vale uma reflexão: será que Jesus não o escutou na primeira vez que Bartimeu gritou? Acredito que sim, mas conhecendo a fé e a perseverança dele, aguardou o momento certo para agir.

Jesus chamou Bartimeu e, desta vez, as pessoas que o repreenderam, agora o incentivavam: “Coragem! Levanta-te, ele te chama” (v.49).

E neste momento Bartimeu deixou para trás o manto, ou seja, aquilo que o prendia ao passado, àquela vida de necessidade e carência. E se levanta para uma nova vida em Cristo. Jesus pergunta o que ele deseja, e a resposta é simples: “Que eu veja!” (v. 51).

Bartimeu acreditou que poderia ser curado e recebeu a graça. Como Jesus respondeu: “Vai, a tua fé te salvou!” (v.52). Assim que voltou a enxergar, ele abraçou uma nova vida e seguiu Jesus pelo caminho.

Muitas vezes nos sentimos como o cego à beira do caminho, pedindo para que Jesus nos ajude. Mas às vezes o chamado dele é sutil, só percebido quando silenciamos nosso coração. E quando ouvimos, realmente deixamos tudo para trás? Estamos dispostos a viver uma nova vida?

Em minhas orações peço muitas vezes: “Senhor, que eu veja!” Não com meus olhos humanos e imperfeitos, mas com os olhos da fé. Que eu veja o rosto do Senhor naquele próximo que precisa de ajuda. Que eu veja o Senhor no irmão que sofre.

Te peço, Senhor, que ao ouvir o teu chamado eu tenha coragem de deixar para trás o pecado e tudo aquilo que me afasta de Ti.

Mário Scandiuzzi

https://pt.aleteia.org


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