Domingo de Ramos
Entrada “solene” de Jesus em
Jerusalém.
A entrada “solene” de Jesus em
Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão
que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora vira as costas a Ele e
muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava
iludido. Quanta falsidade há nas atitudes de certas pessoas! Quantas lições nos
deixam esse Domingo de Ramos! O Mestre nos ensina, com fatos e exemplos, que o
Reino d’Ele, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio para derrubar César e
Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível: o pecado. E para
isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela morte para destruir a
morte; perder a vida para ganhá-la. A muitos o Senhor Jesus decepcionou;
pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e
Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre.
Muitos pensam: “Que Messias é esse?
Que libertador é esse? É um farsante! É um enganador que merece a cruz por nos
ter iludido”. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado. O Domingo de Ramos
ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja e, consequentemente, a nossa
também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei Sagrada de Deus, que
hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um
Cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses, e segundo as suas
conveniências. Impera, como disse Bento XVI, “a ditadura do relativismo”. O
Domingo de Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciar a nós mesmos,
morrer na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os
dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades
e das facilidades, para nos colocar diante d’Aquele que veio ao mundo para
salvá-lo.
Felipe
Aquino [Fonte:
www.formacao.cancaonova.com]
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