4 lições do burro para você
(E não são fáceis...)
Em seu livro “Lições do Burro“, Hugo de Azevedo elenca 18 lições que
o burro
nos dá. Essas lições eram contadas pelo “santo do cotidiano”, São Josemaria
Escrivá, de quem o autor do livro foi amigo pessoal. São
Josemaria não apenas comparava a si próprio com um burro, mas ainda assinava as
suas cartas ao diretor espiritual com um “b.s.” – de “burro sarnento”. Burro e com chagas; burro
e pecador. Mas “um
pecador que ama Jesus Cristo”, como ele próprio dizia e como Hugo
de Azevedo registra.
1 – Saber servir e perseverar
São
Josemaria repetia todos os dias um versículo do Salmo 72: “Ut iumentum
factus sum apud te” (“Eu me tornei como um jumento diante de Ti“).
Hugo comenta: “Não se tratava de uma simples expressão de humildade, mas de
um ato de absoluta submissão e docilidade a Deus, apesar das suas fraquezas.
‘Pobre burro!’, exclamava, e diria certa vez que desejaria ter a firmeza do
jumento no cumprimento dos propósitos de cada dia (…) O jumento é a imagem da
humildade, sempre ao nosso serviço, sem esperar elogios nem recompensas, embora
agradeça que o alimentem e lhe deem uma palmadinha no lombo”.
2 – Saber ouvir e pôr em prática
“Orelhas
grandes, como antenas… Parece burro, mas não perde um som nem um gesto. Todo
ele é atenção, vigilância, prontidão. E entende tudo o que lhe dizem: a um
estalido, para; a um assobio, trota; a uma “arre”, apressa-se; a um toque, vira;
a um puxão, inclina-se… Nem precisa de palavras. Antes fosse a nossa
consciência tão sensível assim à voz de Deus!”
3 – Saber ser grato e amoroso
São
Josemaria chamava a atenção para os olhos do jumento: belos, grandes, vívidos,
exprimindo amor e gratidão sempre, virtudes das quais surgem tantas outras. Diz
o livro: “O jumento é grato ao dono que o alimenta e o lava, que ‘fala’ com
ele, embora o carregue de fardos. E não havíamos nós de amar Quem nos criou do
nada, e nos fez à sua imagem, e fala mesmo conosco, e nos prepara uma vida
eterna superior?”.
4 – Saber sentir o afeto e não somente as pancadas
O
burro sabe que, mesmo levando algum golpe no lombo para retornar ao caminho,
também recebe afagos. Deus nos permite sofrer muitas pancadas da vida, mas Seus
carinhos sempre estão presentes – inclusive carinhos físicos, como no
sacramento da confissão. Não à toa, São Josemaria o chamava de “sacramento da
alegria”. Não há alegria maior para um pai do que ver seu filho limpo de todos
os vícios! “Que alegria e paz sente o burro quando, com paulada ou sem
paulada, retorna ao bom caminho!”.
(Via
Aleteia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário