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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Um ano novo é muito pouco



Toda virada de ano é repleta das mesmas coisas: sonhos, projetos, mudanças, enfim, uma busca por uma vida nova. Infelizmente, a maioria das pessoas se preocupa apenas com as coisas exteriores, com os bens que passam: trabalho, dinheiro, sucesso, descanso, viagens, festas, e tanto mais. Poucos são os que aproveitam essa atmosfera de mudança para repensar a vida interior e propor mudanças. Além disso, para a maior parte das pessoas, toda virada de ano é uma grande frustração: os dias passam e a vida continua igual, justamente porque quem precisa mudar somos nós, independente do ano. É uma triste ilusão e algo bem comum (e imaturo) condicionar as nossas necessidades, projetos, sonhos a fatores exteriores. Assim, se falharmos, a culpa não será nossa.
Mas, afinal de contas, os propósitos de ano novo são ruins? Absolutamente não. Se soubermos aproveitar essa atmosfera de mudança, quanto poderemos fazer! Devemos tomar cuidado com o que nos alerta São Josemaria: “Tu não deves trabalhar por entusiasmo, mas por Amor.” Qualquer propósito de ano novo será sempre em vão e levará à frustração se não tivermos uma vontade firme.
“Se a cada ano extirpássemos um vício, bem depressa seríamos perfeitos.” (Imitação de Cristo)
Essa citação do livro Imitação de Cristo é tão chocante quanto verdadeira. E, mais do que isso, totalmente possível e alcançável! Grande parte das vezes não progredimos espiritualmente porque estamos perdidos em meio a tantos e tantos propósitos. Principalmente na vida familiar, com tempo tão curto, é difícil progredir em muitas coisas ao mesmo tempo. Mas não é impossível! O importante é não estacionar, pois na vida espiritual quem não progride, retrocede.
Então, que tal adotarmos essa proposta de extirpar um defeito ou vício por ano? É uma proposta real, eficaz e que está ao alcance de todos!
[...]
Sugestões de propósitos espirituais
Além de corrigir um defeito/vício, também podemos inserir um bom propósito relacionado a vida de oração, como:
Rezar o terço em família todos os dias;
Rezar o Ofício da Imaculada Conceição aos sábados;
Assistir mais de uma Missa por semana com a família;
Ler o Evangelho do dia com a família;
Falar para as pessoas sobre a salvação eterna;
Meditar sobre a morte, o céu e o inferno;
Não desanimar nas dificuldades;
Rezar quando me sentir triste;
Estar sempre fazendo algo para o bem da minha alma e dos que amo;
Rezar quando tiver uma tentação;
Oferecer sacrifícios pelas almas do purgatório;
Rezando a Nossa Senhora nas tentações;
Oferecer sacrifícios pela pureza e inocência das crianças e jovens;
Consagrar-me a Nossa Senhora;
Ensinar algo da fé para alguém;
Assistir Missa todos os domingos
Rezar o Angelus antes das refeições;
Rezar a oração das refeições;
Ensinar os filhos a rezar;
Abençoar os filhos antes de dormir;
Fazer leitura espiritual (tratados de espiritualidade, vida dos santos…);
Fazer leitura formativa (estudar sobre algum tema referente a nossa fé);
Fazer alguns minutos de meditação por dia (do Santo Evangelho ou usando algum livro);
Confessar-se uma vez por mês;
Participar da vida paroquial;
Rezar pelas vocações;
Visitar asilos, orfanatos, hospitais;
Ajudar financeiramente algum instituto religioso;
Rezar diariamente pelos filhos e esposo (a);
Buscar uma vida interior na presença de Deus
A vida passa extraordinariamente depressa e precisamos urgentemente daquela “determinada determinação” de que Santa Teresa tanto nos fala. Se tivermos sempre em mente que “O Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam”, não teremos dificuldade de combater o bom combate e esforçar-nos, até o sangue, para alcançar a santidade. E, principalmente, se ainda não é pelo amor que buscamos agradar ao bom Deus, ao menos que meditemos todos os dias o momento do nosso julgamento, onde estaremos diante do Justo Juiz. Certamente o temor nos dará bons empurrões!


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