“Os lábios
movem-se sempre em primeiro lugar. Embora todos saibamos que rezar não
significa repetir palavras, no entanto a oração oral é a mais segura e pode ser
praticada sempre. Os sentimentos, por mais nobres que sejam, são sempre
incertos: vêm e vão, abandonam-nos e regressam. Não só, mas até as graças da
oração são imprevisíveis: às vezes as consolações abundam, mas nos dias mais
escuros parecem evaporar-se completamente. A oração do coração é misteriosa e
em certos momentos falha. A oração dos lábios, aquela que é sussurrada ou
recitada em coro, está sempre disponível, e é tão necessária quanto o trabalho
manual. O Catecismo afirma: ‘A oração vocal é um elemento indispensável da vida
cristã. Aos discípulos, atraídos pela oração silenciosa do seu Mestre, este
ensina-lhes uma oração vocal: o Pai-Nosso’ (n. 2701). “Ensina-nos a rezar”,
pedem os discípulos a Jesus, e Jesus ensina uma oração vocal: o Pai-Nosso. E
naquela prece há tudo.
[...] Não
se deve cair na soberba de desprezar a oração vocal. É a oração dos simples, a
que Jesus nos ensinou: Pai nosso que estais no céu... As palavras que
pronunciamos levam-nos pela mão; às vezes restituem o sabor, despertam até o
mais adormecido dos corações; estimulam sentimentos dos quais tínhamos perdido
a memória, e levam-nos pela mão rumo à experiência de Deus. E acima de tudo, de
maneira segura, são as únicas que dirigem a Deus as perguntas que Lhe aprazem.
Jesus não nos deixou na névoa. Disse-nos: ‘Eis como deveis rezar!’. E ensinou a
oração do Pai-Nosso (cf. Mt 6, 9).”
Papa Francisco
Fonte: Portal Aleteia
Fonte: Portal Aleteia
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