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terça-feira, 7 de maio de 2024

Silêncio, oração e diálogo

 


A oração é um diálogo. Ela tem que ser um diálogo. O próprio Jesus nos dá um indício em Mateus 6, 6: “tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora a teu Pai que está lá, no segredo.” A oração é um encontro. Somos esperados. Nessa espera, o Senhor deseja nos receber para estabelecer um diálogo onde cada um fala, onde cada um escuta.
O que Jesus nos convida a fazer é revelador de como podemos viver nossa oração. “Fechando tua porta...” pensamos assim que ele está falando da porta do quarto, no qual entramos. Mas paradoxalmente, podemos também interpretar o ato de fechar como um convite a fechar a porta do coração. Como assim? Rezar com o coração fechado? Não, claro que não. Mas fechar a porta do coração para os ruídos de fora. Para o barulho que nos circunda. E entrar num silêncio habitado que nos preenche da presença d’Aquele que ali está a nos esperar.
O silêncio na oração cristã não deve ser interpretado como um silêncio vazio, ou que nos leva a um vazio existencial. Vimos que Jesus convida a entrar num quarto que já está habitado pela presença do Pai. O silêncio na oração cristã é um silêncio preenchido e que tende a nos levar à completude pois Deus ali está a nos escutar e a nos falar.
 
Padre Emmanuel Albuquerque
Fonte: Portal Aleteia

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