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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

VATICANO - “AVE MARIA” aos cuidados de dom Luciano Alimandi - Converter-se e acreditar em Jesus



Cidade do Vaticano (Agência Fides) – A festa da conversão do Apóstolo Paulo, neste ano a ele dedicado, celebrada no último domingo, foi uma grande graça para nós cristãos, ligados à Sagrada Liturgia “fonte da vida”. É pausa de reflexão e de oração para renovar o propósito mais importante: a conversão!
Sim, a conversão requer muito empenho, mas é também bonito poder estar na vida de fé. De fato, o autêntico cristão é um que se converte a Jesus e que sempre mais se converte, uma pessoa que crê em Jesus e que crê sempre mais, uma pessoa que foi conquistada por Ela e que se deixa sempre mais conquistar pelo Evangelho. Não existe santidade de vida sem uma conversão permanente, porque é impossível seguir Jesus sem ter no coração a disposição da conversão, ou seja, de deixar para trás o egoísmo, de abrir o coração para dar espaço para Ele.
O Senhor o afirma com palavras inequivocáveis: “em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, de modo algum entrareis no Reino dos Céus” (Mt 18, 3). A conversão é um tornar-se criança, um tornar-se pequeno e simplificar-se diante dos próprios olhos, diante dos outros, e sobretudo, diante de Deus.
Converte-se para ser capaz de assumir as disposições do Coração de Jesus: as suas virtudes. Por causa do pecado, tais virtudes não as exercemos sem um esforço. Com a Sua graça, as devemos conquistar, com empenho interior, a cada dia.
Esta escola de conversão, que o cristão deve frequentar a cada dia, tem como livro fundamental: o Evangelho de Jesus. Os seus ensinamentos, que representam o único Mestre de todos, são os Apóstolos com os seus sucessores, os bispos e o Papa, Vigário de Cristo e Sucessor de Pedro, bispos de Roma. Eles nos transmitem o que receberam no sulco da Tradição da Igreja. Os estudantes já “aprovados” são os santos que, do céu, estão sempre prontos a nos ajudar, a nos dar aulas suplementares para viver o que eles mesmos viveram, começando pelo comportamento maior, o Amor a Deus e ao próximo.
Nesta escola estamos todos na mesma classe, porque não se fazem preferências, a Verdade é uma só. O Evangelho, de fato, é igual para todos e quem quer realmente aprender o deve praticar. Ninguém pode fazer valer diante de Deus os títulos ou as condições sociais, para obter um “desconto”, um tratamento especial. O Novo Testamento o afirma claramente, pela boca do primeiro Papa: “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10, 34). Todos, nestas “carteiras” da escola do Evangelho, são irmãos, porque um só é o Senhor e Mestre: Jesus de Nazaré. Ele distribui a cada um os talentos necessários para aprender e viver a comunhão com Ele na Igreja. Depois no final da escola, terá um prova final, que acontecerá na hora de nossa morte, quando cada um deverá responder a Deus por si mesmo: “Senhor, tu me confiaste cinco talentos. Aqui estão outros cinco que ganhei” (Mt 25, 20) e o Senhor dará a recompensa prometida: “Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, te darei autoridade sobre muito te colocarei. Vem alegra-te com o teu Senhor” (Mt 25, 21).
Assim o cristão, na escola do Evangelho, se mostra discípulo sempre pronto a aprender coisas novas, a recomeçar do início, a partir somente da Palavra de Jesus, que a Igreja, como Mãe e Mestra, o anuncia incessantemente. Quanta gratidão leva no coração para o seu Senhor e Mestre que, como Bom Pastor, “o restaura e o guia por caminhos justos por causa de seu nome e coloca do lado do cristão a felicidade e a graça que o seguirão todos os dias de sua vida” (Sl 22, 3.6)!
A conversão é o primeiro anúncio da Igreja, porque é o primeiro anúncio do Evangelho e deve ser o primeiro compromisso do Cristão. O apóstolo São Paulo nos ajuda a nos converter, a encarnar na vida o Evangelho de Jesus, como o Santo Padre Bento XVI nos ensinou: “A experiência do Apóstolo pode ser modelo de uma autêntica conversão cristã. A conversão de Paulo se amadureceu no encontro com Cristo ressuscitado; foi este encontro que mudou radicalmente a sua existência. No caminho de Damasco acontece com ele o que Jesus pede no Evangelho de hoje: Saulo se converteu porque, graças à luz divina, “acreditou no Evangelho”. Nisto consiste a sua e a nossa conversão: no acreditar em Jesus morto e ressuscitado e no abrir-se à iluminação de sua graça divina. Neste momento Saulo compreendeu que a sua salvação não dependia das obras boas realizadas pela lei, mas de que Jesus morreu também para ele, o perseguidor, e ressuscitou. Esta verdade, que graças ao batismo ilumina a existência de todo cristão, muda completamente o nosso modo de viver. Converter-se significa, também para cada um de nós, crer que Jesus “deu sua vida por mim”, morrendo na cruz (cfr. Gal 2,20) e, ressuscitou, vive comigo e em mim. Confiando-me na força de seu perdão, deixando-me tomar pela Sua mão, posso sair das areias movediças do orgulho e do pecado, da mentira e da tristeza, do egoísmo e de toda falsa segurança, para conhecer e viver a riqueza de seu amor” (Bento XVI, Angelus de 25 de janeiro de 2009).

Fonte: Agenzia Fides - 28/1/2009 -
www.fides.org

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